O Brasil vai mudar a estratégia de tratamento de três doenças negligenciadas, mas ainda presentes: tracoma, helmintíases e esquistossomose. A partir deste ano, populações de áreas onde as infecções parasitárias têm alta prevalência passarão a ser tratadas em massa – a medicação será oferecida a todos os que estão em risco, independentemente de um exame confirmar a contaminação. O tracoma, transmitido por bactéria, terá combate acelerado.

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Crianças com esquistossomose e helmintíases têm maior risco de anemia e comprovadamente apresentam menor aproveitamento escolar. O tracoma, por sua vez, quando não é tratado pode levar à cegueira. A concessão de recursos extraordinários também foi feita para hanseníase.

Essas doenças estão associadas à baixa cobertura de saneamento básico, de abastecimento de água e à pobreza. Por isso, o argumento prevalente era o de que não adiantaria dar medicamento se problemas estruturais não fossem resolvidos. “Isso gera imobilismo. E há uma questão ética: o remédio é barato, eficaz, está disponível. A oferta tem de ser facilitada”, diz o secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

Helmintíases, esquistossomose e tracoma estão localizadas sobretudo no Norte e Nordeste. Embora os números nacionais não sejam expressivos, nos locais em que tais doenças são encontradas a prevalência entre a população é bastante expressiva: algumas parasitoses chegam a atingir 70% do grupo avaliado. As informações são do Jornal da Tarde.

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AE