Vítima de uma distonia focal, o pianista João Carlos Martins
abandonou o piano e passou a se dedicar à regência de orquestras.

Hoje, terça-feira, a Associação Brasileira de Portadores de Distonia chamará a atenção da população para o Dia Nacional da Distonia. O objetivo é orientar a população sobre os sintomas, tratamentos e causas, desta doença pouco conhecida e que pode ser controlada quando orientada por um especialista.

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A doença é caracterizada por espasmos musculares involuntários que produzem movimentos e posturas anormais, afetando a qualidade de vida, causando danos também à auto-estima do paciente. Geralmente tais sintomas são confundidos com tiques nervosos, problemas psiquiátricos e até mesmo alterações na coluna.

?A doença não escolhe idade para se manifestar, mas geralmente os sintomas começam a aparecer a partir dos cinco anos de idade?, explica o neurologista Helio Teive, coordenador do centro de doenças do movimento do Hospital de Clínicas da UFPR.

No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, a incidência da doença é de 3,4 pessoas a cada 100 mil habitantes, ou seja, mais de meio milhão de brasileiros são portadores do distúrbio. Na maioria das vezes a causa da distonia é desconhecida. ?Acredita-se que os movimentos anormais sejam resultado da disfunção de uma parte do cérebro conhecida como núcleo de base?, avalia o médico. Em algumas situações, quando esses núcleos deixam de funcionar de modo adequado, alguns músculos se contraem de forma excessiva e involuntária, produzindo movimentos e posturas anormais.

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