Marcar a cirurgia plástica tão desejada é uma decisão delicada, é preciso ponderar com calma, pesando a relação custo-benefício. Tanto a cirurgia estética, quanto a reparadora deixam traços no corpo. “Não existe cirurgia sem cicatriz. Um bom cirurgião pode tentar deixá-la menos aparente, mas não pode eliminá-la por completo”, afirma o cirurgião plástico Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada, em São Paulo.
Por isso, antes de se submeter a qualquer operação, é imprescindível que o paciente seja informado sobre o tamanho e a localização da cicatriz. “O paciente deve ser conduzido a refletir que se trata de uma troca: no lugar de um problema de contorno corporal, ele ganhará formas mais modeladas, mas também uma cicatriz”, diz o médico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. É preciso esclarecer o tamanho do corte, onde vai ficar, como é o processo de cicatrização, quanto tempo demora a recuperação
detalhadamente.
No caso das cirurgias plásticas para retirada de pele após uma cirurgia bariátrica, não há como evitar os grandes cortes. “Em geral, a flacidez da pele de quem perde 60, 70 kg é de tal magnitude que precisam ser retiradas grandes quantidades de pele das regiões a serem reconstituídas. O que o cirurgião plástico tenta fazer é situar essas cicatrizes em locais menos visíveis. No caso da reconstituição da barriga, por exemplo, procura-se
posicionar o corte na área que fica coberta pela calcinha ou pelo biquíni.
Na coxa, o local escolhido é a chamada prega iguinal, próxima da virilha. No braço, a cicatriz deve ficar na parte interna e o mais perto possível da axila”, diz Penteado.