A doença de Alzheimer se caracteriza pela perda progressiva da capacidade cognitiva. Na fase inicial, o sintoma principal é a perda de memória. A doença vai progredindo com a morte dos neurônios e o paciente vai piorando clinicamente, apresentando outros sintomas, tais como incapacidade de realizar atividades simples do dia-a-dia, desorientação no tempo e no espaço, impossibilidade de controle financeiro, dificuldade de julgamento, até falta completa de autonomia, necessitando sempre de alguém para cuidar de si.
Alzheimer não é um distúrbio comum no envelhecimento, apesar de ser uma doença que prevalece em idosos, além de ser a causa mais freqüente de demência. Sua etiologia ainda é desconhecida e alguns poucos casos são hereditários.
A doença é evolutiva e suas manifestações variam de pessoa a pessoa. Em média tem uma duração de 9 a 10 anos, dividida em 3 fases: leve (cuja principal queixa é o esquecimento); moderada, onde existe um agravamento de todos os sintomas anteriores, as alterações são muito mais evidentes e o paciente necessita cada vez mais de alguém para cuidar de suas atividades diárias de rotina (se alimentar, vestir e higiene pessoal); e severa, quando ele se encontra completamente incapacitado, não consegue mais se comunicar e necessita de cuidados 24 horas por dia, apresentando imobilidade progressiva e perda do controle urinário e fecal. Nessa fase são muito comuns as complicações clinicas, principalmente respiratórias.
Mônica Koncke Fiúza Parolin, neurologista e coordenadora da campanha do Dia Nacional do Alzheimer em Curitiba.