Celebrado neste dia 24 de março, o Dia Mundial de Combate à Tuberculose traz números nada animadores para a população mundial. Em 2009, foram contabilizados 8 milhões de novos casos da doença, e 3 milhões de pessoas morreram vítimas da tuberculose, segundo dados da OMS. Estima-se que só no Brasil, mais de 50 milhões de pessoas estejam infectadas pelo bacilo da tuberculose.
Por ano, são notificados aproximadamente 100 mil casos novos e de cinco mil a seis mil mortes em decorrência da doença. Com os lemas “Quando inovamos, aceleramos os esforços na luta contra a tuberculose” e “Você pode parar a tuberculose, junte-se a nós”, o Ministério da Saúde promove uma campanha de prevenção da doença.
A medida se dá em função das estimativas nada animadoras em relação ao número de possíveis contaminados em 2020.
O mapa geográfico da doença também é preocupante: 22 países concentram 80% do número de casos no mundo. A situação é tão grave, que desde 2005, a OMS junto a outros organismos internacionais, criou o StopTB, plano que tem como meta acelerar, social e politicamente as ações de controle da tuberculose no planeta.
A meta para 2010 é reduzir pela metade as taxas de mortalidade da doença e até 2050, diminuir a incidência para 1 caso por cada 1 milhão de habitantes, fazendo com que ela deixe de ser um problema de saúde pública.
O que é
A tuberculose é uma doença infecciosa causada por um microorganismo chamado Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch. Pode afetar diferentes órgãos como ossos e rins, mas o comprometimento pulmonar é o mais frequente.
A transmissão da tuberculose é quase que exclusivamente por vias aéreas. Através da tosse de uma pessoa com tuberculose pulmonar são eliminadas gotículas contendo o micro-organismo, que pode infectar uma pessoa. A ocorrência ou não da infecção dependerá do estado imunológico da pessoa.
A infecção poderá permanecer latente sem produzir sintomas ou desenvolver a doença. Cerca de 10% das infecções latentes se tornam ativas em algum momento da vida.
Sintomas
As pessoas com tuberculose pulmonar apresentam tosse com quantidades variáveis de escarro, que podem ou não conter sangue, por três semanas ou mais.
Podem apresentar também dor no peito e falta de ar, febre, sudorese noturna, perda de apetite e perda de peso.
Diagnóstico
Todas as pessoas que apresentam tosse com escarro por mais de três semanas, acompanhada ou não dos outros sintomas da doença devem ser investigadas. Alterações nos raios-X de tórax também podem ser vistas na tuberculose pulmonar.
O diagnóstico definitivo da doença, entretanto, requer a identificação do microorganismo nas secreções ou tecidos do paciente, como o exame do escarro.
Tratamento
Ao contrário do que muitos pensam, a tuberculose tem cura. Desde de 1944 se conhece os medicamentos capazes de curar a tuberculose. Mas para que haja um controle efetivo da doença é indispensável que se detecte a tuberculose ativa e se institua o tratamento correto.
Durando no mínimo seis meses, o tratamento não requer hospitalização na maioria dos casos. Os principais medicamentos utilizados no tratamento da tuberculose são a izoniazida, rifampicina e pirazinamida. Após duas semanas tomando o medicamento não ocorre mais a transmissão.
O tratamento é frequentemente iniciado antes do diagnóstico definitivo, entretanto a identificação do microorganismo é importante inclusive para testar a sensibilidade às drogas.
Existe também um teste para rastrear a exposição à tuberculose, é o chamado teste de Mantoux, mais conhecido como PPD. É realizado através de uma injeção intradérmica e medido através do tamanho da área da reação 48 horas após a aplicação.