Quem nunca contou uma mentirinha para se livrar de algum apuro? Conhecida do ser humano há séculos, a mentira é considerada um meio de defesa e preservação muitas vezes instintivo usado de forma recorrente e motivado por uma série de fatores.
Na infância, como não temos noção de suas consequências, ganha tom lúdico, embora mereça atenção. Já na fase adulta, ela se mistura a uma porção de valores morais que lhe dão uma conotação negativa, levando o “mentiroso” a ser visto como desonesto.
Reflexões a parte, e com excessão dos mitomaniâcos, que são mentirosos crônicos e acreditam na prórpia mentira, independente da motivação, toda pessoa que mente deixa pistas através de seu comportamento e das reações de seu corpo. Mas se o nosso corpo fala quando mentimos, é possível perceber quando alguém está mentindo?
Para a psicoterapeuta cognitivo-comportamental da Unifesp Karina Haddad Mussa, especializada no Advanced Training in Rational-Emotive & Cognitive – Behavioral Theory and Techniques Albert Ellis Institute (EUA) , quem mente dá sinais de sua mentira seja para evitar algo ruim, tirar vantagem de algo, se livrar de alguma culpa ou punição ou até, em casos mais patológicos, criar uma imagem para si que julga mais atraente do que a real.
“O corpo é a janela das nossas emoções. Tudo o que sentimos é transmitido aos outros através dele e com a mentira não é diferente. Quando mentimos, recebemos grande carga de adrenalina e endorfina, o que causa sensação de euforia e prazer e demonstramos isso através do nosso corpo. Um olhar ali, um tremor acolá, basta prestar atenção para pegar alguém no pulo”, continua a especialista.
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