A resposta está no silêncio dos profissionais e da sociedade. Profissionais que, lamentavelmente, não exercem seu papel por desconhecimento das prerrogativas legais que o permitem; e uma minoria da população, com exceção das pessoas que têm algum envolvimento pessoal com a profissão, faz distinção entre um profissional de nível médio e um de nível superior quando recebe cuidados de enfermagem. A referência na assistência à saúde, para a população de um modo geral, continua a ser a medicina.
E o que falar do ensino de enfermagem? Inúmeras são as instituições de ensino de enfermagem, tanto de nível médio, como universitário, profissão regulamentada por lei, criadas e lideradas por profissionais estranhos a essa atividade, minimamente preocupadas com a sua qualidade. O sistema Cofen/Corens é a única entidade representativa da profissão, entre as várias associações e sindicatos existentes, que empunha a bandeira da preocupação com o ensino da enfermagem. Nenhuma outra, nem mesmo os enfermeiros docentes o fazem. Quando não criticam seu conselho de classe, se omitem, como meros espectadores do embate.
A nós, embora exaustos após tantas batalhas, só resta acreditar que ainda há solução, pois se não o fizermos, perderemos a crença em nossos ideais, e em nós mesmos!
Jurandy Kern Barbosa, presidente do Coren-PR.