Descoberto gene que acelera o envelhecimento

A pesquisa identificou uma mutação que faz com que pessoas que possuem telômeros (partes do cromossomo que encolhem na medida em que envelhecemos) mais curtos desde o nascimento tenham um envelhecimento biológico de três a quatro anos maior. As mutações encontradas ficam próximas ao gene Terc, conhecido por ter um papel importante no comprimento dos telômeros. 

A novidade, publicada na revista Nature Genetics, aponta também para dois tipos distintos de envelhecimento: o cronológico, ou seja, a quantidade de anos vividos, e o biológico, em que as células de um indivíduo são mais novas ou mais velhas do que sua idade cronológica.

Além disso, os pesquisadores mostraram que o gene Terc pode fazer a pessoa ficar mais propensa a desenvolver males mais intimamente ligados à idade biológica do que à cronológica, tais como câncer e problemas no coração. Os portadores do gene devem tomar ainda mais cuidado para não estarem expostos a hábitos inadequados, como a obesidade, o fumo e o sedentarismo. Ou seja, apesar da descoberta da mutação genética, os cuidados de cada um são fundamentais para a manutenção da qualidade de vida.

 “As medidas para ajudarem as pessoas a se manterem saudáveis e ativas são hoje emergenciais para o futuro da humanidade, uma vez que esse envelhecimento global intensifica a pressão social e econômica em todo o mundo”, explica a nutricionista Daniela Jobst.