Cerca de 150 dermatologistas do Paraná, Santa Catarina e São Paulo participaram nos últimos dois dias em Curitiba da segunda Jornada Paranaense de Dermatologistas. O evento, promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, regional Paraná, teve por objetivo aprimorar e divulgar novas técnicas e conceitos referentes à áreas. Os profissionais tiveram oportunidade de interagir e debater sobre casos de difícil diagnóstico.
Ontem, dezesseis pacientes foram escolhidos para comparecer ao evento e apresentar seus problemas. Segundo o demartologista Jesus Rodrigues Santamaria, chefe do serviço de dermatologia do Hospital de Clínicas, os casos mais complexos vão continuar sendo estudados pelos médicos e, correspondem principalmente a diferentes tipos de câncer de pele, infecções e doenças degenerativas. “Esta troca de informações permite maior conhecimento e diagnóstico mais preciso.”
Segundo Santamaria, as manchas de sol, tumores, manchas claras e escuras causadas pelo envelhecimento e a queda de cabelo são algumas das queixas mais freqüentes nos consultórios médicos. Como a população brasileira é geralmente de pele clara, a exposição ao sol significa uma ameaça. O câncer de pele exige uma atenção especial. De acordo com a Liga Paranaense de Combate ao Câncer, o de pele é o tipo mais freqüente no Brasil e no mundo. Começa a se desenvolver a partir da infância e adolescência, por ação da radiação ultravioleta dos raios solares. “A prevenção está no uso de roupas adequadas e filtros solares”, explica o médico. O risco é maior em pessoas com pele e olhos claros e que se expõem bastante ao sol, como trabalhadores ao ar livre e desportistas.Tratamento
Casos de pacientes com diagnóstico mais complicado foram estudados pelos profissionais, inclusive com cursos demonstrativos durante o evento. Cinqüenta pacientes foram selecionados e participaram pelos procedimentos: eletrocirurgia (emprego de eletricidade para destruir lesões) e criocirurgia (emprego do frio para destruir lesões). Embora a prevenção seja o melhor caminho, o dermatologista Santamaria, diz que graças aos avanços da Medicina, atualmente, há diversos tratamentos inclusive para casos instalados. São ácidos, cremes, toxinas botulínica e as microcirurgias.
A queda de cabelo é uma das reclamações mais constantes nos consultórios. “A incidência é maior no homem, mas a queixa é da mulher”, observa o dermatologista. Segundo ele, no homem o problema geralmente está aliado a problemas genéticos, enquanto na mulher pode ser proveniente do estresse, fisiológico (pós parto), produção hormonal, anemia, alterações de tiróide, entre outras. Como o tratamento depende da causa, Santamaria diz que antes de comprar shampoos e buscar tratamentos milagrosos é preciso a orientação médica.