Havana – Um grupo multidisciplinar de médicos cubanos revelou que um estudo de 12 anos sobre o Mal de Alzheimer apontou que a doença pode ser causada por alterações em cinco genes diferentes.
Beatriz Marcheco, diretora do Centro Nacional de Genética Médica, em Havana, disse no programa Mesa Redonda da televisão cubana que "há genes que predispõe essa enfermidade".
No entanto, esclareceu que "o fato de uma pessoa possuir uma dessas variantes mais suscetíveis à doença não significa que esta se desenvolverá invariavelmente".
O Mal de Alzheimer destrói gradualmente os neurônios cerebrais, até que o paciente começa a sofrer perdas de memória irreversíveis, e finalmente morre. A médica enfatiza que "há que se prestar muita atenção a esse gene de risco, relacionado ao transporte de colesterol, que apresenta variações em todas as populações e determina não apenas uma predisposição ao Alzheimer, mas a doenças cardiovasculares".
A especialista expôs que para chegar a essas conclusões foram estudados mais de 2.500 cubanos de ambos os sexos.
Uma descoberta desse estudo foi que quem apresenta a variante quatro do gene em questão corre um risco entre três e dez vezes maior de sofrer da doença, "tal como se afirma em outros países".
"Detectamos que as pessoas com maior proporção ancestrais de origem africana tem até três vezes mais risco de possuir tal variante de predisposição ao Alzheimer, ainda que não podamos associar sempre a proporção de ancestrais de origem africana com a cor de pele negra", revelou.
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