As cores possuem uma grande importância em nossas vidas, mas, em geral, nem nos damos conta disso. Lidamos com as cores diariamente desde a escolha da roupa que iremos vestir até a expressão oral de sentimentos ou momentos.

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Usamos, com frequência, expressões, como: “Estou roxo de frio!”; “Ele ficou vermelho de raiva!”; ou “Vamos almoçar, estou verde de fome!”. Isso sem mencionarmos que, no que diz respeito aos alimentos, os nutricionistas confirmam que quanto mais colorido for um prato, mas apetitoso e nutritivo ele será.

A cromoterapia é a aplicação das cores para obtenção e manutenção da saúde dos corpos físico, mental e emocional. “É uma terapia complementar que pode ser aplicada diretamente na pessoa por meio de lanternas especiais ou indiretamente, por diversas técnicas, como ambientes e vestuários coloridos”, explica a bióloga e especialista em cromoterapia Margot Valle Ferreira.

Utilizada há muito tempo por diferentes povos, a cromoterapia vem ganhando adeptos na busca do equilíbrio e harmonia do corpo por meio da utilização das cores.

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Segundo o terapeuta Paulo Edson Reis Jacob Neto, a aplicação terapêutica da técnica tem por objetivo usar a vibração das cores para a cura de doenças. “As cores possuem certas vibrações energéticas, que produzem mudanças químicas no organismo, interferindo na parte física e mental”, avalia.

Espectro solar

Estudos apontam qual cor é mais indicada para determinada enfermidade e indicam até as cores que devem ser utilizadas no ambiente de estudo, trabalho, em casa e outros ambientes.

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A importância das cores é percebida até por quem trabalha com comunicação. Nas propagandas de produtos e na criação de marcas as cores têm papel fundamental para chamar a atenção do público alvo e para atingir os objetivos propostos.

As cores também produzem efeitos psicológicos no paciente estimulando ou acalmando emoções. “Por exemplo, uma pessoa depressiva e apática deve evitar cores, como o azul e o índigo, que possuem capacidade de acalmar e relaxar e em um caso de apatia e depressão, acentuaria essas características”, comenta Margot Ferreira.

Jacob Neto explica que a cromoterapia tem como base as sete cores do espectro solar, composto pelo vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul ciano, azul violeta e azul anil.

Cada uma tem sua vibração específica, que atua de forma diferente no organismo. O paciente é analisado e o terapeuta determina quais as melhores cores a serem utilizadas no seu tratamento. Cada pessoa é única e possui suas próprias colorações, sendo que dependendo do momento e da enfermidade uma ou outra cor pode ser mais apropriada.

Fontes de cores

Para entender melhor esta relação das cores, o terapeuta explica que nem sempre o azul, considerado uma cor calmante, traz os resultados esperados em um paciente que está nervoso ou irritado.

A pessoa pode estar com falta de energia e sua irritação pode ser causada pela tentativa de suprir esta deficiência. “Nesta situação uma cor quente e que recarrega as energias, como o vermelho, seria a mais indicada para trazer tranquilidade a esta pessoa”, exemplifica.

O profissional que trabalha com as técnicas da cromoterapia deve ser qualificado, ter sensibilidade e visão holística para utilizar a técnica da forma mais adequada. A escolha da cor influencia a ativação de energia, que por sua vez ajuda na recuperação das células doentes, melhorando a saúde do paciente.

Jacob Neto afirma que a terapia visa tratar o indivíduo como um todo. Mesmo que ele busque a cura para uma doença, todo o corpo é tratado para reestabelecer o equilíbrio.

Diferente,s fontes de cores podem ser utilizadas no tratamento, como a luz do espectro solar, a alimentação natural, a mentalização das cores, o contato com a natureza e até mesmo a luz de lâmpadas coloridas.

Banhos com cristais ou o uso destas pedras para a energização pessoal ou de ambientes também é uma técnica utilizada na cromoterapia. A alimentação natural funciona como um coadjuvante do tratamento, auxiliando na harmonização de todo o sistema corporal.

“Cada parte do corpo está relacionada com uma cor diferente e por isso a escolha também leva em consideração o tipo de enfermidade que será tratada”, reconhece o terapeuta.

O vermelho, por exemplo, ativa a circulação e o sistema nervoso; o rosa limpa as impurezas do sangue; o amarelo atua em tecidos internos; o verde escuro ajuda a combater infecções; o azul regenera as células dos músculos, dos nervos e da pele; e o violeta atua no sistema linfático.

Ao longo dos tempos

Vários registros na história da humanidade nos reportam o uso das cores como forma de manutenção e obtenção de saúde por antigas civilizações. Como exemplo, a importância das cores para os chineses, que a utilizam até hoje como parte do diagnóstico de doenças do corpo e da alma, sob a ótica da medicina tradicional chinesa.

“Para eles, a cor da face, da língua e em pontos do pavilhão auricular revelam as condições da saúde de órgão, sistemas e das emoções de um paciente”, observa a especialista Margot Valle Ferreira.

No Egito Antigo, câmaras foram projetadas, especialmente, de modo que a luz natural passasse por uma espécie de prisma e fosse desmembrada nas sete cores do arco-íris.

A cromoterapeuta esclarece que dessa maneira é que eram indicados os banhos de luz com um determinado espectro de cor visível. Na sabedoria dos antigos povos, a utilização das cores com propósito de cura estava diretamente ligada aos cristais.

Seus templos de cura possuíam cristais nos tetos, que exibiam todos os padrões de cores do espectro, cuja luz ao passar por eles proporcionava variados padrões de cores e vibrações.

O que pode ser tratado

*Doenças respiratórias

*Anemia

*Dores reumáticas

*Doenças da pele

*Enxaquecas

*Cansaçofísico/mental/emocional

*Ansiedade, pânico, estresse

*Fobias

*Insônia

*Irritabilidade

*Zumbidos

*Perturbações da visão