A alergia é uma das patologias mais freqüentes na criança, por isso, o diagnóstico precoce é considerado por especialistas como de vital importância. Segundo pesquisas mundiais, uma em cada quatro crianças nos países desenvolvidos é alérgica e esses números têm tendência a aumentar, devido a fatores genéticos ou externos. Nesse sentido, a médica Eliane Maluf, presidente da Sociedade Paranaense de Pediatria, alerta que “o diagnóstico precoce é extremamente importante porque, uma vez feito, permite instituir não só a terapêutica mais adequada como também possibilitar que medidas profiláticas sejam tomadas no sentido de se evitar o surgimento da doença”.

A alergia resulta, segundo a especialista, do fator genético, ou seja, um recém-nascido que tenha pais ou irmãos alérgicos corre um maior risco de sofrer dessa patologia, e do fator meio ambiente, sendo o fumo do tabaco um dos principais aditivos para que mais tarde as crianças venham a sofrer de algum tipo de alergia. Além desses, existem ainda os fatores exteriores com os quais as crianças entram em contato, entre eles os alérgenos alimentares, como corantes e o próprio leite de vaca; os locais úmidos, a poeira e o pêlo de animais domésticos.

Eliminar os fatores externos

A sensibilização também pode acontecer durante a gravidez e, nesse caso, é preciso estabelecer medidas de prevenção para a mãe, como, por exemplo, submetê-la a uma dieta específica. Eliane Maluf, no entanto, salienta que não existe nenhuma medida que seja extremamente eficaz para se evitar a doença.

No sentido de se atuar precocemente, a primeira medida a tomar, segundo os especialistas, é não deixar sensibilizar as crianças de risco alérgico, por meio da prevenção primária. Naqueles que já estão sensibilizados, tentar evitar que venham a sofrer alguma doença. Nas crianças que já têm a doença, devem ser estabelecidas normas para evitar que fatores externos agravem a doença, bem como medidas terapêuticas para reverter os sintomas e prevenir seqüelas tardias.

A pediatra afirma que nas alergias é essencial ter uma história clínica detalhada que permita suspeitar ou localizar a existência de eventuais fatores que possam ter importância na doença. O passo seguinte para o diagnóstico é a observação do doente e a realização de testes laboratoriais que permitam confirmar a incidência da doença.

Para combater os fatores externos, a desumidificação do ambiente, a purificação adequada do ar e o uso de germicidas são os primeiros passos a serem tomados. Além disso, o uso de pisos, tintas e cortinas hipoalergênicas também pode ser obrigatório, sem esquecer da erradicação dos fungos e bolores dos armários e ambientes de maior umidade por meio dos produtos “antimofo” encontrados no mercado.

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