Férias é sinônimo de descanso e tranqüilidade. Entretanto, quando as brincadeiras se transformam em acidentes dos filhos, acabam sendo um tormento para os pais. Uma pesquisa realizada pelo departamento de ortopedia do Hospital e Maternidade São Camilo revelou que as fraturas em crianças chegam a aumentar em torno de 15% a 20% neste período. Os dados têm como base o volume de atendimento no Pronto Socorro.
Os brinquedos que apresentam maiores riscos como bicicletas, patins, skates são justamente os preferidos da garotada, principalmente por causa da velocidade que alcançam.
Os acidentes também variam de simples contusões até casos mais complexos de fraturas. Segundo o Dr. Jonas Borracini, as fraturas nas crianças acontecem na região de crescimento do osso (fise de crescimento) pois o local é de maior fragilidade aos traumas, “podendo evoluir para fraturas e desvios angulares”.
CONTUSÃO ? Segundo o Dr. Jonas Borracini, a contusão é um trauma, ou uma pancada, sem quebra do osso. “É erroneamente confundida como luxação”, diz o médico acrescentando que as contusões mais comuns são a do joelho, perna, pé, ombro, cotovelo, punho e mão.
O diagnóstico muitas vezes é dado apenas por exame físico feito por um médico ortopedista. O tratamento empregado varia de acordo com o exame, mas normalmente se faz por meio de imobilização (tala de gesso ou gesso) e o uso de medicação antiinflamatória.
LUXAÇÃO – É o deslocamento do osso. De acordo com o Dr. Borracini, trata-se de uma patologia grave e que, algumas vezes, requer internação. As luxações mais freqüentes são a do ombro, cotovelo e dedos.
O diagnóstico é feito por exame físico e radiografia e, o tratamento, é realizado com associação de imobilização (gesso) e o uso de antiinflamatório. “Caso esta redução não tenha sucesso é necessária intervenção cirúrgica”, diz o médico.
FRATURA E QUEBRA” OU “TRINCA” DO OSSO – Geralmente causadas por traumas de maior intensidade, as fraturas mais comuns são do punho, antebraço, cotovelo, dedos das mãos, perna e fêmur. Somente com a radiografia do local é possível determinar sinais de maior gravidade e complicações. “Em alguns casos é preciso colocar o osso no lugar, engessar e fazer um acompanhamento seqüencial para minimizar os riscos de complicações”, diz o médico. Quando este procedimento não tem sucesso é possível recorrer à cirurgia e, em casos de fratura exposta, é preciso tratamento cirúrgico imediato.
Em todos os casos a recomendação do médico é uso de aparelhos de segurança como capacete, protetores de ombro, tornozelo, cotovelo e joelho. “Embora não evitem por completo o acidente, ajudam a minimizar a sua gravidade”.
