Cresce o número de especialistas que se dedicam a filantropia

Dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontam que R$ 4,7 bilhões foram aplicados por empresas brasileiras em projetos sociais no ano 2000. Dentro desse universo do terceiro setor, cresce o número de médicos que prestam ajuda às comunidades carentes e às camadas menos privilegiadas. Entre os benefícios que esses profissionais oferecem gratuitamente estão tratamentos, cirurgias, aulas para crianças carentes, medicamentos, palestras sobre medicina preventiva etc.

Semanalmente, o dermatologista Beni Grinblat dá aulas de português em uma favela na zona sul de São Paulo. “Atender à comunidade carente é tão gratificante quanto curar um paciente”, diz Grinblat.

O ortopedista Lafayette Lage ministra palestras gratuitas sobre postura para as mães e alunos em escolas. Segundo o médico, as aulas servem para prevenir futuros males nos adultos e nas crianças.

Trabalhar como cirurgião voluntário e professor no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná é uma das ações sociais prestadas pelo cirurgião plástico Marcos Grillo. “Dedicar algumas horas na assistência às comunidades carentes é uma missão altruísta que a nossa profissão recomenda”, afirma.

Oferecer, gratuitamente, cirurgias oculares para a terceira idade e tratamentos para crianças de instituições do terceiro setor são algumas das ações que a Fundação Eye Care junto a comunidades carentes. A Eye Care ainda mantém uma parceria com a Fundação Maurício de Souza na distribuição de cartilhas médicas de prevenção com a animação da Turma da Mônica.

De acordo com o oftalmologista Renato Neves, diretor da Eye Care, “a preocupação é cuidar dos olhos das pessoas que não têm condição de pagar um tratamento particular nem mesmo um plano médico”.

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