A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as mães amamentem os filhos somente com leite materno pelo menos até os seis meses de idade, pois contém todos os nutrientes necessários aos recém-nascidos. Como nem sempre é possível para a criança receber o leite da própria mãe, muitos hospitais têm o serviço de Banco de Leite.
Uma das normas da Anvisa para esse trabalho é o controle microbiológico que, em resumo, serve para assegurar que houve a completa inativação de microrganismos na amostra do leite antes de transmiti-lo ao bebê.
A biomédica Fabiola Castro, responsável pelo departamento de microbiologia do Frischmann Aisengart/DASA, explica que um dos processos feitos para a esterilização do leite materno é a pasteurização. O procedimento consiste em aquecer o produto a temperatura entre 50ºC e 70ºC e, em seguida, submetê-lo a resfriamento súbito, com objetivo de eliminar germes e bactérias.
O leite também pode absorver germes provenientes do ambiente hospitalar, transmitidas por funcionários, visitantes ou pelos instrumentos utilizados. A qualidade microbiológica do leite humano é indispensável, uma vez que as crianças recém-nascidas têm baixa resistência a infecções neonatais. “É importante ressaltar que os procedimentos feitos não afetam a qualidade do leite, preservando todas as propriedades originais”, completa a especialista.
