Após revisão de alguns dos principais estudos científicos já publicados sobre o assunto, pesquisadores concluíram que todos os métodos contraceptivos reversíveis podem, em geral, ser utilizados por mulheres em risco de infecção pelo HIV e por mulheres já infectadas pelo vírus.
Segundo dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, mais de 15 milhões de mulheres em idade reprodutiva foram infectadas pelo vírus até o final de 2007.
De acordo com estudos do departamento de obstetrícia e ginecologia da Universidade de Helsinki, o risco de infecção em mulheres com idade entre 15 e 24 anos é de 4 a 7 vezes maior do que entre os homens do mesmo grupo etário. Cerca de meio milhão de bebês já nascem infectados todos os anos.
Os resultados mostraram que a contracepção hormonal (pílula, por exemplo) pode aumentar o risco de infecção por HIV em mulheres com alto risco, como prostitutas, mas não em mulheres com risco baixo.
Com base nos dados, eles destacam que já está provado que o uso correto e constante de preservativo masculino reduz a transmissão horizontal do HIV em 80% dos casos.
Na opinião dos pesquisadores, o desenvolvimento e o fornecimento de contracepção segura, de custo acessível e aceitável para mulheres em risco de infecção pelo HIV e aquelas já vivendo com a doença é um dos principais desafios da medicina reprodutiva hoje.