No mínimo, curioso. Um estudo do Brigham and Women’s Hospital Boston, nos Estados Unidos, que avaliou mais de 19 mil mulheres por um período de 13 anos, concluiu que abolir o consumo de álcool da dieta não representa, necessariamente um menor ganho de peso das mulheres. A partir do relato das participantes sobre sua ingestão de álcool, foi revelado que as abstêmias correm maior risco de engordar do que as que bebem moderadamente.

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As voluntárias da pesquisa tinham 39 anos ou mais de idade e índice de massa corporal (IMC) considerado normal (18,5 a 25). Elas foram divididas em dois grupos de análise. Um deles contava com mais de 7 mil voluntárias que nunca consumiam bebidas alcoólicas. O segundo grupo, com mais de 6 mil mulheres, tomava cerca de um terço de copo de vinho, cerveja ou outra bebida alcoólica por dia, enquanto 6% tomavam dois copos, 20% um copo e 3%, mais de dois.

Nesse período, as mulheres que não consumiam álcool foram as que mais apresentaram ganho de peso (em média, 2kg a mais que as do outro grupo). Já as que tomavam o equivalente a dois copos diários mantiveram seu peso ideal. O mais eficiente para evitar o ganho de peso foi o vinho tinto, seguido de outras bebidas como a cerveja, o vinho branco e o licor. 

Alerta contra a bebida

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Entretanto, deve-se lembrar que o estudo só mostrou as associações entre os fatores, mas não explica como o álcool influencia no organismo feminino, contribuindo para que não ocorra o ganho de peso. Estudos anteriores já comprovaram que o consumo moderado de álcool reduzia os riscos de demência e de infarto em homens. Contudo, outros estudos concluem que o álcool pode ser mais prejudicial para o cérebro do que drogas como maconha e LSD, por exemplo. Além disso, o álcool é uma droga que causa dependência e danos à saúde do fígado e do cérebro.