Várias doses da droga podem causar danos irreparáveis no cérebro humano, que afetariam o sistema cognitivo, além de alterar os movimentos corporais, explica o estudo.
O descobrimento ocorreu após se analisar o comportamento de cobaias e chimpanzés em laboratório e gerou muita preocupação entre os consumidores de ecstasy na Grã-Bretanha, que na atualidade podem superar um milhão de pessoas.
Alan Leshner, ex-diretor do Instituto Americano sobre Abuso de Drogas, declarou que o estudo científico “enviará uma mensagem muito importante às gerações mais jovens para que não façam experiências com seu próprio cérebro. Consumir ecstasy é como jogar roleta russa com as funções cerebrais”, disse Leshner.
“A implicação mais preocupante é que, como conseqüência da ingestão de ecstasy, aumenta o perigo de se desenvolver o mal de Parkinson na idade adulta”, acrescentou o cientista.
Por sua vez Colin Blakemore, especialista da Universidade de Oxford, indicou que o informe deve alertar os consumidores de ecstasy. “Esse novo estudo coloca em clara evidência as propriedades tóxicas do ecstasy nas células nervosas”, disse a cientista.
“Nosso próprio grupo de especialistas descobriu que o ecstasy interfere, além disso, na produção e sobrevivência das células nervosas do cérebro. Nossa mensagem é clara: não ao consumo do ecstasy, porque as conseqüências são irreversíveis”, finalizou Blakemore.