Congresso discute formação dos profissionais de saúde

Discutir a formação dos futuros profissionais de saúde, visando a melhoria do Sistema Único de Saúde (SUS). Este é o objetivo do VII Congresso Nacional da Rede Unida, que está sendo promovido em Curitiba. A rede é um movimento social que reúne pessoas, projetos e instituições comprometidas com movimentos voltados à construção de um sistema de saúde eqüitativo e eficaz, com forte participação social.

Segundo a vice-coordenadora geral do evento, Elaine Rossi Ribeiro, um dos grandes problemas atuais é que a formação dos profissionais de saúde não acontece de acordo com o que a sociedade precisa. Elaine informa que a grande maioria das universidades e faculdades procura formar profissionais especializados, quando a sociedade necessita de profissionais generalistas. ?Precisamos de pessoas que enxerguem os pacientes como um todo e que estejam preparadas para atuar no SUS, que é o grande convênio que o brasileiro possui. Atualmente, os profissionais de saúde saem das instituições de ensino pensando em atender em consultórios particulares e não em atender a grande maioria da sociedade?, afirma.

Na opinião da supervisora do distrito sanitário do Boqueirão, ligado à Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Edite Klettemberg Rocha, uma das coordenadoras do congresso, os novos profissionais também devem ter conhecimento das tecnologias disponíveis e se preocupar com a humanização do atendimento, que envolve acolher e ouvir o paciente, além de proporcionar atendimento interdisciplinar e integrado. ?Tudo isso está ligado à qualidade do atendimento. Hoje, geralmente nos grandes centros urbanos, as unidades de saúde contam com inovações tecnológicas, mas são carentes de humanização. Nos pequenos centros, acontece o contrário. Há preocupação com a humanização, mas falta tecnologia. É preciso que isso seja melhorado?, diz.

O SUS, conforme dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), tem mais de 63 mil unidades ambulatoriais e cerca de seis mil unidades hospitalares, com 440 mil leitos. Sua movimentação anual é aproximadamente de 12 milhões de internações hospitalares, um bilhão de procedimentos de atenção primárias à saúde, 150 milhões de consultas médicas, 2 milhões de partos, 300 milhões de exames laboratoriais, 132 milhões de atendimentos de alta complexidade e 12 mil transplantes de órgãos. 

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