Congresso de asma reúne especialistas de todo o país em Gramado

O crescente aumento de casos de doenças respiratórias, principalmente no inverno, e o fato de que as crianças são as mais afetadas (em alguns lugares, a asma chega a afetar 20% do público infantil) são motivos importantes para que especialistas do Brasil se reunam no IV Congresso Brasileiro de Asma para discutir o trabalho de prevenção e os medicamentos mais atuais no tratamento da doença, que atinge 17 milhões de brasileiros. O evento acontecerá durante os dias 26, 27, 28 e 29 de junho, em Gramado, Rio Grande do Sul.

Temas como Controle Sustentável da Asma, Asma como um problema de saúde pública, Fatores ambientais e asma, além de Adesão ao tratamento são alguns dos pontos que serão abordados no encontro. Uma novidade é que os melhores trabalhos científicos nas áreas de pneumologia geral, asma, pneumologia pediátrica e fisioterapia respiratória serão premiados. Paralelamente ao Congresso Brasileiro, serão realizados o IV Congresso Gaúcho de Pneumologia e Tisiologia e o I Simpósio Gaúcho de isioterapia respiratória. Os números da asma estão cada vez mais preocupando as autoridades e os especialistas. A doença é a quinta maior causa de internações hospitalares no Brasil. São dois mil óbitos e 400 mil internações por ano. A descontinuidade do tratamento é o maior obstáculo para o controle da asma. Cerca de 75% dos pacientes não seguem o tratamento ao final de um ano, enquanto que 56% não fazem tratamento profilático, o que evitaria as crises da doença.

Responsável pelo terceiro maior gasto do Sistema Único de Saúde (SUS) com hospitalizações, a asma representa uma perda de US$ 76,8 milhões aos cofres públicos, o equivalente a construção de seis hospitais de emergência como o Souza Aguiar, a maior emergência da América Latina. Mas esse custo poderia ser reduzido. O tratamento duplo com salmeterol e fluticasona (Seretide) sai em média 30% mais barato do que o tratamento com os dois componentes separados.