Comer frutas e verduras diminui em 30% o risco de ataque cardíaco

Antes, faziam parte da alimentação de todas as pessoas. Depois, com os hábitos da vida moderna, os alimentos industrializados e a era dos fast foods, foram sendo deixados de lado, especialmente pelos mais novos. Hoje, pouco a pouco, as frutas e verduras vêm sendo recolocadas no cardápio do brasileiro. Os dados comprovam sua importância: ingerir diariamente frutas, verduras e legumes diminui em 30% as chances de ter um infarto, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Uma alimentação equilibrada é o primeiro passo para manter um peso adequado e saudável. Dessa forma, ajuda a prevenir alguns dos principais fatores de risco de doenças cardíacas, como a obesidade, a pressão alta e o colesterol. ?Uma dieta equilibrada ajuda a manter baixas as taxas de colesterol. Isso acontece porque os carboidratos (açúcares) presentes nas frutas são absorvidos mais lentamente que o açúcar refinado, permitindo controles metabólicos mais adequados sem aumentar em excesso os níveis de insulina?, explica o cardiologista da Quanta Diagnóstico Nuclear, Dr. João Vítola.

Além de incluir frutas e verduras na alimentação, deve-se limitar a ingestão de gorduras saturada e gordura trans. ?Essas gorduras elevam os níveis de colesterol no sangue, aumentando o risco de uma doença cardíaca?, destaca o cardiologista. Carne, manteiga, queijo, leite e óleos de coco e de palma são algumas das principais fontes de gordura saturada.

De acordo com a nutricionista do Colégio Brasileiro de Estudos Sistêmicos (CBES), Eda Scur, os alimentos que fazem bem ao coração e que devem ser incluídos em nossa dieta são os ricos em fibras e antioxidantes como frutas, verduras, cereais integrais, leguminosas (principalmente o feijão).

Podem ser incluídos também os ricos em gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas, como a ômega 3, que ajudam a diminuir a pressão arterial e o risco de ataque cardíaco e ainda protegem contra batimentos cardíacos irregulares. Nozes, castanhas, abacate, azeite de oliva, óleo de linhaça, óleo de noz, óleo de soja e óleo de canola são exemplos de alimentos ricos em gordura monoinsaturada e peixes como o salmão, o arenque e a cavalinha são a principal fonte natural de ômega 3.

Até o álcool e o chocolate em doses moderadas podem trazer benefícios. ?Uma taça de vinho ao dia pode ter um efeito protetor para o coração?, completa a nutricionista. Já o chocolate amargo é rico em flavonóides, substância com propriedades antioxidante, que ajuda na redução da pressão arterial.

Alimentos ricos em gorduras saturada e trans como carnes gordas, gorduras animais, coco, margarinas e todos os produtos que utilizam gordura vegetal hidrogenada, além de alimentos com grande quantidade de açúcar e sal, como temperos prontos, embutidos e conservas devem ser evitados.

Além da alimentação, outras recomendações ajudam a manter uma boa saúde e a se proteger de doenças cardiovasculares. ?Ingerir alimentos com baixas calorias, manter atividades físicas, controlar a pressão arterial, evitar o sal, o estresse e não fumar são medidas que reduzem significativamente o risco de doenças do coração?, salienta o cardiologista e médico nuclear, dr. João Vítola.

Check up cardiológico

A avaliação cardiológica completa feita regularmente é a melhor maneira de prevenir problemas do coração. A consulta médica e a realização de exames diagnósticos complementares auxiliam na identificação de um problema, muitas vezes, em estágios iniciais. Os exames cardiológicos básicos incluem eletrocardiograma, teste de esforço e ecocardiograma. De acordo com o caso, eventualmente outros diagnósticos mais específicos podem ser necessários.

O cardiologista Dr. João Vítola explica que a freqüência desses check-ups depende do risco cardíaco da pessoa e do seu histórico. Uma forma de avaliar a possibilidade de um infarto é fazer uma cintilografia de perfusão miocárdica, um exame da Medicina Nuclear. "Uma investigação rigorosa da doença pode ser um grande auxiliar para o tratamento e para a prevenção de problemas cardíacos antes que eles ocorram", explica o médico nuclear da Quanta Diagnóstico Nuclear, Dr. Carlos Cunha.

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