Começa em Curitiba a vacinação contra hepatite B

Começou ontem em Curitiba a campanha de vacinação contra a hepatite B, que tem como alvo principal os jovens de até 20 anos de idade. A meta da Secretaria Municipal de Saúde é prevenir a doença na faixa etária que entra em situação de risco, entre 15 e 19 anos. Apenas no Colégio Estadual do Paraná, onde a campanha foi lançada oficialmente ontem, o objetivo é atingir cerca de cinco mil jovens. A vacinação acontece em parceria com a Unimed Curitiba, que equipou o Doutor Ônibus – um consultório médico móvel que estará no pátio do Colégio Estadual nos próximos dez dias.

O secretário municipal de Saúde, Michele Caputo Neto, informou que uma das principais dificuldades é completar as três doses de vacinação – a primeira, a segunda que deve ser feita trinta dias depois, e a terceira após cinco meses. “Há muitos que vão completar o ciclo apenas agora”, comentou. De acordo com a diretora de Epidemologia da secretaria municipal de Saúde, Karin Luhm, desde 95, cerca de 530 mil jovens foram imunizados em Curitiba. Faltariam, segundo ela, cerca de 100 mil para serem atingidos. “Nosso grande desafio é fechar a terceira dose”, afirmou. Do Colégio Estadual, o ônibus deve seguir para outros colégios da rede pública e particular. As vacinas são fornecidas pelo Ministério da Saúde.

Para o diretor- presidente da Unimed Curitiba, o pediatra Robertson D?Agnoluzzo, um dos grandes problemas é convencer o jovem a se vacinar. “Eles são os mais suscetíveis a contrair a doença, seja através das tatuagens, colocação de piercing, relações sexuais, mas há uma resistência natural por parte deles”, comentou. Não é o caso da estudante Jennifer de Oliveira, 14 anos, que deve tomar a primeira dose da vacina ainda esta semana. “É importante para prevenir contra a hepatite B”, falou. Já a estudante Kátia Villagra, 15, deve aproveitar a campanha em seu colégio para completar o ciclo de três doses. “Tomei duas no ano passado, mas não tomei a terceira. É importante porque a doença pode levar à morte.

Transmissão

A hepatite B é transmitida pelo contato com sangue ou secreções, exposição de agulhas e outros instrumentos contaminados (exemplos: tatuagens, piercing, perfuração da orelha, uso compartilhado de agulhas por usuários de drogas), nas relações sexuais, no momento do parto (de mãe para filho) ou nas relações próximas entre crianças e familiares infectados.

Em 40% dos casos o vírus causa hepatite aguda, com sintomas de icterícia (olhos e pele amarelos), urina escura e fezes esbranquiçadas, febre e mal estar. Em torno de 1% pode evoluir para a forma fulminante, levando o paciente à morte. A hepatite B não tem cura e pode causar câncer de fígado e cirrose hepática.

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