Uma pesquisa realizada em Curitiba com 448 estudantes de escolas públicas e particulares revela que 21% estão acima do peso e 7,5% obesas. A prevalência de colesterol alto nos escolares foi de 10%. Realizada pela nutricionista Lucyanna Kalluf, a pesquisa está sendo apresentada no Congresso Internacional de Nutrição Clínica Funcional, em São Paulo. Segundo o estudo, os alunos das escolas públicas têm menor prevalência de excesso de peso quando comparados com os das escolas particulares.
De acordo com o estudo, os principais fatores do excesso de peso nos escolares são: obesidade familiar, o não aleitamento materno e não comer hortaliças. O principal risco associado ao sobrepeso na infância e adolescência é o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. "Isso se deve, em parte, à excessiva oferta de alimentos ricos em energia e gorduras aos escolares. Mesmo com a lei das cantinas, os hábitos errôneos vêm de casa", afirma Lucyanna Kalluf.
Os escolares são unânimes na preferência por alimentos doces, gordurosos e muito calóricos. A conscientização sobre os alimentos saudáveis como um fator de proteção está longe do entendimento dos pais, professores e alunos. Hortaliças e frutas estão cada vez menos presentes na dieta infanto-juvenil.
A pesquisa também apontou que houve aumento significativo de vários problemas crônicos de saúde entre os estudantes, inclusive câncer, endocrinopatias, distúrbios reprodutivos e do neurodesenvolvimento.