Desde que a obesidade começou a ser tratada como importante questão de saúde pública, as clínicas de cirurgia plástica começaram a receber um número cada vez maior de pacientes. Algum engano? Não, o fato é que o maior número de cirurgias bariátricas, a famosa cirurgia de redução de estômago para quem sofre de obesidade mórbida, fez aumentar a procura por cirurgias plásticas remodeladoras.
O cirurgião plástico Rogério Augusto Camargo Scheibe explica que, após importantes emagrecimentos, o paciente passa a apresentar grandes quantidades de pele na forma de flacidez localizada, principalmente no abdome, braços, pernas e mamas. Isso se deve, conforme o especialista, a grande distensão da pele pela gordura, levando a perda da elasticidade que dificulta a volta estrutural do tecido após a redução do peso.
É para solucionar esses casos que a procura por cirurgia plástica vem crescendo a cada dia. Conforme dados da Organização Mundial da Saúde, no Brasil, quase um milhão de obesos são candidatos à cirurgia bariátrica. Para os que já passaram pelo procedimento, a intervenção do cirurgião plástico é indicada para a extração da pele. A pessoa que passa por uma cirurgia de alto risco, como a da obesidade mórbida, se transforma de um gordo doente para um magro feio, sofrendo, segundo Scheibe, as mesmas dificuldades. ?Eles também têm dificuldades de relacionamento e precisam de um novo alento para a sua vida?, diz. O cirurgião plástico Sérgio Gradowski explica que, após ter atingido os objetivos iniciais com a cirurgia de redução de estômago, o paciente já não apresenta mais riscos à saúde. Dois anos depois da cirurgia bariátrica é que a cirurgia plástica deve ser recomendada. ?O objetivo não é apenas estético, mas sim de elevar a auto-estima e complementar a qualidade de vida?, completa.
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