Cirurgia de redução de estômago é mais arriscada do que se pensava

Chicago (AE-AP) – O risco de morte depois de uma cirurgia de redução de estômago é maior do que se imaginava, até mesmo entre pessoas em seus 30 ou 40 anos, informa um estudo realizado com mais de 16.000 pacientes do Medicare (sistema público de saúde dos Estados Unidos).

Algumas pesquisas prévias feitas com pessoas entre 30 e 50 anos – a idade mais comum entre aqueles que optam pela cirurgia da obesidade – descobriram que a taxa de morte era de menos de 1%. Mas entre 35 e 44 anos, universo pesquisado no estudo do Medicare, mais de 5% dos homens e aproximadamente 3% das mulheres morreram dentro de um ano. Entre os pacientes de 45 a 54 anos, foram registradas taxas ligeiramente mais altas.

Entre pacientes de 65 a 74 anos, quase 13% dos homens e 6% das mulheres haviam falecido.

“O risco de morte é muito superior ao que se havia informado anteriormente”, disse o cirurgião David Flum, da Universidade de Washington, que liderou o estudo.

A pesquisa envolveu 16.155 pacientes que foram submetidos à gastroplastia entre 1997 e 2002. Ela será publicada amanhã na revista especializada Journal of the American Medical Association.

Os pesquisadores reuniram todas as mortes, sem diferenciar suas causas. Mas entre as complicações letais da gastroplastia figuram desnutrição, infecção e problemas nos intestinos e na vesícula.

Flum disse que alguns estudos anteriores sobre a segurança desse tipo de cirurgia eram uma compilação “de informes dos melhores cirurgiões que apresentaram os melhores resultados”. Agora, segundo ele, o novo estudo é uma análise de um mundo mais real.

A Sociedade de Cirurgia do Estômago dos Estados Unidos prognostica que serão realizadas cerca de 150.000 operações desse tipo no país durante 2005.

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