A possibilidade de se ter uma imensa cicatriz como lembrança permanente de uma cirurgia plástica de mama é cada vez mais remota. A constatação é da presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, regional Paraná, Ruth Graf, que até amanhã participa de discussões sobre o assunto durante o II Curso Internacional de Cicatrizes Reduzidas em Cirurgia Plástica, que está sendo realizado em Curitiba.
Segundo Ruth, até alguns anos atrás, quando as mulheres queriam reduzir ou aumentar o tamanho das mamas (através da colocação de próteses de silicone), tinham que conviver com a idéia de carregar para o resto da vida uma grande cicatriz horizontal localizada na parte inferior do seio.
?Nas cirurgias de antigamente, a cicatriz era grande, bastante sujeita à formação de quelóide (manifestação exagerada na cicatrização de lesões na pele, de aspecto feio e escurecido) e visível quando, por exemplo, a mulher utilizava um biquíni?, afirma. ?Hoje, embora as cicatrizes continuem a existir, são consideradas bem menores e pouco visíveis, também sendo menos sujeitas à quelóide.?
Nas cirurgias de redução de mama, a cicatriz horizontal deu espaço a uma cicatriz vertical de cinco a oito centímetros da auréola até o sulco mamário ou a uma cicatriz localizada ao redor da auréola. Já nos procedimentos de aumento da mama, é possível evitar até mesmo as cicatrizes vertical e arredondada. Muitos cirurgiões têm trabalhado com a colocação de próteses por videoendoscopia, procedimento através do qual a paciente fica apenas com uma pequena cicatriz nas axilas.
?Para que os procedimentos tenham sucesso, é preciso que a paciente tome alguns cuidados antes de escolher o cirurgião, evitando profissionais de medicina estética não especializados. A dica é verificar bons resultados em outros pacientes e observar se o cirurgião faz parte da Sociedade?, explica Ruth. ?Depois, é preciso ter alguns cuidados com as cicatrizes durante o período de pós-operatório, realizando massagens e utilizando cremes.?