Cientistas britânicos descobriram que a tradicional infusão do chá pode proteger contra o mal de Alzheimer e reverter os efeitos desse mal, em um achado que poderá salvar a vida de milhares de pessoas.

O descobrimento, realizado por cientistas da Universidade de Newcastle (norte da Inglaterra) e publicado na revista especializada “Phytotherapy Research”, concluiu que ao menos uma xícara regular de chá por dia “pode atrasar o desenvolvimento da doença”.

Os especialistas descobriram que tanto o chá preto como o verde inibem a atividade de enzimas vinculadas ao desenvolvimento do mal de Alzheimer. Eles também verificaram, por outro lado, que o café não tem propriedades significativas contra esse mal.

Cerca de um milhão de pessoas morrem anualmente por causas relacionadas à doença e até o momento não há uma explicação médica definitiva sobre a maneira como o mal de Alzheimer afeta os seres humanos.

Os pesquisadores de Newcastle realizaram testes em laboratório que revelaram que o chá preto e o verde “inibem a atividade da enzima acetilcolinesterasa, que degrada o neurotransmissor acetilcolina”. O mal de Alzheimer se caracteriza principalmente pela diminuição de acetilcolina.

Os cientistas determinaram, além disso, que o chá verde resultou ser mais eficaz que o chá preto em vários testes clínicos e teve efeitos mais duradouros.

“Apesar de não existir uma cura para o mal de Alzheimer, o chá pode ser mais uma arma no arsenal para tratar esse mal e retardar seu desenvolvimento”, declarou o principal autor do estudo, Ed Okello.

“Nossas descobertas são muito interessantes, pois o chá é uma bebida muito popular, barata e seu consumo não parece ter efeitos colaterais. No entanto, acreditamos que serão necessários muitos anos antes que possamos produzir algo em nível comercial”, acrescentou o cientista.

Os cientistas afirmaram que o próximo passo é determinar quais são exatamente os componentes do chá verde que inibem a atividade das enzimas relacionadas ao mal de Alzheimer. Entre os objetivos a alcançar, a equipe de Newcastle disse que será “um chá que possa servir de tratamento aos pacientes com o mal de Alzheimer”.

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