Casos de meningite estão sendo monitorados pelo Governo

A Secretaria estadual da Saúde está tomando todas as providências necessárias para tratar os casos de doença meningocócica no município de Castro. O secretário Cláudio Xavier disse que neste ano ocorreram oito casos, sendo que três resultaram em morte. Existem ainda dois pacientes internados com meningite, que sugere infecção bacteriana, e três em observação clínica.

Segundo Xavier, a Secretaria monitora durante o ano todo as meningites e todos os casos são investigados a partir da suspeição clínica. A doença meningocócica transmite-se a partir das vias respiratórias e pode se caracterizar na forma de surto. ?A manutenção e as ações da vigilância têm como objetivo conhecer e identificar todos os casos e realizar a ação quimioprofilática com o objetivo de interromper a ocorrência de mais casos?.

Todos os 399 municípios são monitorados o ano inteiro pela Secretaria da Saúde e Castro está recebendo atenção especial neste momento, lembra o secretário. Como as variações de temperatura favorecem o aparecimento de novos casos de meningite neste período, a Secretaria alerta para o cuidado que as pessoas devem tomar em relação à doença, que tem o contágio facilitado porque as pessoas permanecem mais tempo em ambientes fechados.

?As pessoas devem ficar atentas aos sintomas da meningite e, em caso de suspeita, procurar o atendimento médico. Manter os ambientes arejados, principalmente se houver crianças em casa, é uma das medidas para prevenir a doença?, esclarece Cláudio Xavier.

Segundo ele, mesmo com os cuidados que a Secretaria e a população adotam normalmente, neste ano foram registrados até agora 1,1 mil casos de meningite no Estado. Foram 808 casos de meningite viral, 190 de meningite bacteriana, 71 de doença meningocócica, 68 de meningite não especificada, 18 de meningite de outra etiologia, 11 de meningite por pneumococos, quatro de meningite por hemófilos e três de meningite tuberculosa. No ano passado, 2,4 mil casos de meningite foram registrados no Paraná.

Até agora, ocorreram 56 mortes. No ano passado foram registradas 221 mortes, 242 em 2004, e 245 em 2003.

Sintomas principais

A meningite é um processo infeccioso que desencadeia a inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, segundo observa a técnica da Secretaria, Nilce Haida, da Divisão de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria. A infecção é causada por diversos agentes como bactérias, vírus, fungos e protozoários. ?Os sintomas principais são febre alta, forte dor de cabeça, vômitos e dificuldade de movimentar o pescoço. Nos bebês e crianças de baixa faixa etária, o sintoma principal é a recusa de mamadas ou alimentos e a presença de irritabilidade. No desenvolvimento de formas graves, ou seja, as hemorrágicas, manchas arroxeadas, pontos sangüinolentos e lesões na pele aparecem de repente no início da infecção?, lembra Nilce.

Aos primeiros sintomas, os pais devem procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento. ?A preocupação está voltada para a meningite meningocócica, provocada por bactéria, que se mantém na garganta principalmente de adultos jovens, sem desencadear a doença. Assim, ela é transmitida por gotículas expelidas ao falar, tossir e espirrar, para as pessoas suscetíveis?, explica Mirian Woiski, coordenadora da Divisão de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria.

Vários tipos 

Segundo Mirian Woiski, existem vários tipos de meningite meningocócica, denominados sorogrupos. As mais freqüentes são as de tipo A, B e C. Surtos e epidemias mais freqüentes ocorrem com os sorogrupos A e C. Desde 1994, o sorogrupo predominante no Paraná tem sido o B.

Para as meningites meningocócicas ainda não está disponível uma vacina na rotina dos postos de saúde. O que se indica para cada caso confirmado é a instituição de quimioprofilático aos comunicantes que têm como objetivo erradicar o estado de portador. O medicamento é liberado e acompanhado pelas equipes da Vigilância Epidemiológica em todos os municípios do Estado.

Woiski alerta que a doença ocorre durante o ano todo, com tendência a ser mais freqüente nos meses de frio, já que as pessoas tendem a ficar mais aglomeradas e fechadas em ambientes, além de ambientes públicos fechados. ?É importante sempre manter uma fresta para que ocorra circulação e renovação de ar nos ambientes?, lembra. Aos adultos, ela recomenda que se protejam ao tossir ou espirrar, evitando principalmente fazer isso direto no rosto de crianças.

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