Cardíacos podem e devem fazer ginástica especializada

A realização de exercícios físicos é recomendada para todas as pessoas como uma das melhores formas de se manter saudável, porém é de extrema importância, antes de se submeter a um programa de exercícios, que sejam realizados uma série de exames capazes de determinar quais atividades se está apto a fazer. Muitas vezes, sem o devido acompanhamento, pessoas podem achar que estão fazendo bem à saúde exercitando-se de certa maneira, no entanto podem lesionar membros, machucar-se e até mesmo ocasionar um grave problema de saúde.

Segundo a Personal Trainer Cristina Rosa Vianna, da clínica Dominium Corpus, se há algo fisiológico como necrose de parte do músculo cardíaco ou algum problema no ventrículo direito, há possibilidade de se praticar a maioria dos exercícios físicos, porém com menor esforço. “No caso de um problema no ventrículo esquerdo, que transporta sangue arterial, aí sim há inúmeras práticas que não podem ser realizadas”, afirma Cristina.

A profissional dá as dicas para que as pessoas que tenham algum tipo de problema possam realizar exercícios físicos sem preocupações. “Antes de qualquer coisa é imprescindível o acompanhamento de um orientador gabaritado e especializado, o trabalho deve ser feito sempre de forma individual, a progressão no ritmo dos exercícios deve ser de forma lenta, com pouca duração e baixa intensidade, deve-se dar ênfase para as atividades aeróbicas e não esquecer de controlar a freqüência cardíaca” alerta.

Por outro lado, a Personal indica, também, os exercícios que os cardiopatas não devem realizar. “A prática de trabalhos anaeróbios não é recomendada devido ao aumento na freqüência cardíaca” conclui Cristina.

A orientadora esportiva Paula Ferreira Gonzalez, também da Dominium Corpus, explica que o esforço em excesso pode ocasionar “falência” do músculo cardíaco e a pessoa pode desmaiar. “Por isso é importante um acompanhamento próximo onde, muitas vezes, temos de fazer com que o aluno que tenha essas características tome beta-bloqueador para segurar a freqüência cardíaca”, alerta.

“Recomendamos que o cardiopata exercite-se de duas a três vezes por semana em sessões com duração de 20 a 40 minutos e que faça musculação com carga baixa com várias repetições já que o objetivo é condicionamento muscular”, diz Paula. Segundo ela, a maioria dos alunos com esta característica têm acima de 40 anos de idade e possuem histórico de obesidade, pressão alta e alto nível de colesterol. Para finalizar, a profissional revela um dado de suma importância aos cardiopatas. “Entre outros benefícios, as atividades físicas podem reduzir a quantidade de medicamentos que a pessoa precise tomar”.

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