Câncer infantil é tema de encontro em Curitiba

O câncer infantil, que atinge cerca de quinze em cada cem mil nascidos vivos, é o tema do encontro que acontece no próximo dia 14, das 10h às 17h, na Praça Oswaldo Cruz, em Curitiba. O projeto, denominado “Vida saudável contra o câncer infantil”, é uma iniciativa do Hospital Pequeno Príncipe em parceria com a prefeitura de Curitiba. Entre os diversos tipos de tumores, a leucemia – doença maligna que atinge os glóbulos brancos (leucócitos) – é uma das que mais acometem crianças.

A chefe do serviço de hemato-oncologia do hospital Pequeno Príncipe, Flora Watanabe, explica que até mesmo recém-nascidos podem ser vítimas da doença. “Não é uma condição hereditária. Na verdade, existem situações genéticas que podem facilitar a ocorrência do câncer”, revela. Até dois anos de idade, a leucemia é o câncer mais comum. A partir dessa idade, são comuns o neuroblastoma (sistema nervoso central) e o nefroblastoma (sistema renal). Também podem surgir câncer em partes moles (região subcutânea, músculos).

Para diagnosticar a doença o quanto antes, a médica orienta que os pais levem a criança ao pediatra uma vez por mês, até um ano de idade. A partir daí, a freqüência pode ser a cada dois meses, e assim gradativamente. “Os pais têm que tentar notar aumento de volume de algumas partes do corpo da criança, que pode ser sinal de algum tumor. Há crianças que deixam de andar, no caso da leucemia, pela dor que sentem”, alerta. (leia no box outras recomendações)

O tratamento é composto por cirurgia, quimioterapia e, em menor escala, a radioterapia. Em relação à parte emocional, a médica revela que a recuperação em crianças é mais fácil. “As crianças ficam mal na hora, quando sentem dor. Mas depois passa, sorri, fica feliz. Já os adultos ficam angustiados”, compara.

O Hospital Pequeno Príncipe atende cerca de 150 a 170 crianças que estão em tratamento de câncer. Por ano, são registrado cerca de 110 novos casos. “É um número que tem se mantido estável”, afirma a médica. Dados da medicina mundial dão conta de que a leucemia linfóide em crianças têm cura em até 70% dos casos. Já o índice de mortalidade infantil geral entre crianças com câncer é de 20%.

Variam de acordo com o tipo

* Nas leucemias, pela invasão da medula óssea por células anormais, a criança fica suscetível à infecção, palidez, sangramento e dor óssea.

* No retinoblastoma, um sinal importante de manifestação é o chamado “reflexo do olho do gato”, embranquecimento da pupila quando exposta à luz. Pode se apresentar, também, através de fotofobia ou estrabismo. Geralmente, antes dos três anos de idade.

* Algumas vezes os pais notam uma massa no abdômen, podendo tratar-se nesse caso, também, de um tumor de Wilms ou neuroblastoma.

* Tumores sólidos podem se manifestar pela formação de massa, podendo ser visível e causar dor nos membros, sintoma, por exemplo, freqüente no osteossarcoma (tumor em osso em crescimento)

* Tumor de sistema nervoso central tem como sintomas dor de cabeça, vômitos, alterações motoras, alterações cognitivas e paralisia de nervos.

Fonte: Instituto Nacional do Câncer (Inca)

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