A mascote da campanha vai ajudar a chamar a atenção das adolescentes. |
O material também será entregue em palestras ministradas por médicos e organizadas pela Libbs em várias cidades brasileiras. Métodos contraceptivos, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez provocada por violência sexual serão os temas mais recorrentes nas palestras.
Números da Secretaria Estadual de Saúde do Estado de São Paulo revelam que esse tipo de trabalho voltado para adolescentes tem dado certo. Segundo o órgão, 90% de 2.500 jovens entre 12 e 24 anos, de vários municípios, conheciam algum método anticoncepcional. Outra boa notícia constatada nesse estudo é que o número de adolescentes grávidas caiu 21,4% nos últimos quatro anos.
O Dr. Rogério Bonassi Machado, ginecologista e professor assistente da Faculdade de Medicina de Jundiaí, afirma que “os índices de gravidez na adolescência, apesar de ter tido uma queda no estado de São Paulo, continuam altos (123.714 casos em 2001, segundo a Secretaria Estadual de Saúde). Daí a necessidade de se dar continuidade a campanhas informativas, bem como estimular as adolescentes em iniciar o uso de contracepção mais cedo, se possível antes do início da atividade sexual. Isso porque, pior do que os efeitos sociais da gravidez na adolescência, são os riscos de complicações que esta gravidez pode acarretar”.
Pílulas para adolescentes Além de estarem mais bem informadas, as adolescentes têm agora à disposição opções de métodos anticoncepcionais mais adequados a seu perfil. A pílula de ultra-baixa dose (ou ultra-light) é um exemplo. Com mínimos efeitos colaterais, a nova pílula evita a gravidez com mais conforto e segurança.
A Dra. Cristina Guazzelli, ginecologista, obstetra e professora adjunta do Departamento de Obstetrícia da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), afirma que “os anticoncepcionais com dosagens hormonais ultra-baixas são indicados para as adolescentes, pois oferecem alta eficácia e poucos efeitos colaterais, se usados de forma correta. A orientação deve ser cuidadosa, pois são iniciantes na utilização de um método, que poderá ser usado por muitos anos seguidos. Por isso, quanto menor for a dose, melhor”. Ela explica que esses contraceptivos apresentam vários benefícios para as adolescentes, como regularização do ciclo, redução do fluxo menstrual, diminuição das cólicas e da TPM (tensão pré-menstrual).
A Libbs Farmacêutica lançou recentemente o Siblima (gestodeno 60 mcg e etinilestradiol 15mcg), contraceptivo oral de ultra-baixa dose hormonal, apresentado em cartelas contendo 24 comprimidos ativos, para ciclos menstruais de 28 dias. O medicamento deve ser tomado uma vez por dia, por 24 dias, com pausa de quatro dias, diferentemente do esquema utilizado para as pílulas tradicionais, que devem ser consumidas em 21 dias, com pausa de 7 dias. Deste modo, fica garantida a eficácia contraceptiva da pílula de ultra-baixa dose, ou seja, ela continua prevenindo a gravidez durante o período de pausa da medicação, além de permitir que os níveis hormonais permaneçam mais estáveis.