Rio (ABr) – A Rede Nacional de Bancos de Leite Humano realizou ontem, em todo o País, uma campanha de mobilização da sociedade para a doação de leite materno. A iniciativa integra as comemorações do Dia Nacional da Doação de Leite Humano. A expectativa é ultrapassar o volume de recolhimento registrado em 2004, que foi de 168 mil litros. O coordenador da rede e chefe do Banco de Leite do Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), João Aprígio de Almeida, disse que a campanha tem o objetivo de informar a população sobre a existência dos bancos de leite humano e sua importância para atender os recém-nascidos prematuros.

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Segundo Aprígio, a falta de informação é o principal fator que inibe as doações. "A gente tem percebido que, à medida que se consegue manter uma comunicação mais eficaz com a população, ela responde muito bem." No Rio, a campanha será realizada nos shoppings. Em outras cidades, as mobilizações também acontecem nos parques, rodoviárias e locais de grande circulação. Aprígio ressaltou que durante todo o mês de outubro será comemorada a criação dos bancos de leite humano no Brasil.

A Rede Nacional de Bancos de Leite Humano conta atualmente com cerca de 220 unidades em todo o País, entre bancos próprios e postos de coleta vinculados.

Redutor de mortalidade

Um levantamento do Ministério da Saúde mostra que a média de aleitamento materno da população brasileira é de 29 dias. A amamentação é capaz de reduzir em até um quinto os índices de mortalidade infantil nos países em desenvolvimento. Para a coordenadora do Programa de Aleitamento Materno do ministério, Sônia Salviano, no caso dos bebês prematuros a ingestão de leite materno pode diminuir o tempo da criança no hospital. "Essas crianças, quando são alimentadas com leite humano, têm a chance de reduzir o período de internação em até 20%", disse.

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