Cai número de mortes de recém-nascidos em Curitiba

Redução no número absoluto de mortes de bebês indica tendência a uma nova queda na taxa de mortalidade infantil. O número de crianças nascidas em Curitiba que morrem no primeiro ano de vida está caindo. No ano passado (2001), a taxa foi de 13,7 óbitos por mil nascidos vivos, inferior à de 2000, que foi de 14,7. E continua recuando graças às ações sociais desenvolvidas pela Prefeitura.

A taxa de mortalidade infantil de Curitiba poderá fechar o ano em 12,7 por mil nascidos. ?Se tudo acontecer como epidemiologicamente se espera, poderemos confirmar uma nova redução?, disse o secretário municipal da Saúde, Michele Caputo Neto.

Ao lado de voluntários dos Comitês Locais de Defesa da Vida, técnicos das Unidades de Saúde e do coordenador do serviço de neonatologia do Hospital de Clínicas e da Maternidade Victor Ferreira do Amaral, Antônio Carlos Bagatim, o secretário lembrou que estes programas formam uma rede de ajuda. Atualmente, existem 76 comitês com a participação de mais de 1000 voluntários em toda a cidade.

Ernani da Silva, Givanildo da Silva e Eloíde Scherer Perrout, voluntários do Comitê da Unidade de Saúde Atuba, explicaram que o programa foi adotado pela comunidade incluindo os empresários. ?Estamos recebendo 900 quilos de carne de frango por semana de um empresário que ficou sensibilizado pelo trabalho dos Anjos do Bairro?, informaram.

?E quando alguém precisa de alguma coisa a gente se mobiliza e consegue atender para que não falte nada para as gestantes e para as criancinhas de risco?, completou Ernani.

A auxiliar de enfermagem Eloíde Perrout trabalha na Unidade Atuba e conta da excelente aceitação dos voluntários, pela comunidade. ?Os Anjos do Bairro são muito bem recebidos. Por isso a Unidade capacitou os voluntários, assim temos pessoas preparadas para a abordagem e que vão encaminhar à Unidade aqueles que precisarem de atendimento?, relatou.

O voluntário e professor de teatro Givanildo da Silva disse acreditar que o trabalho do Comitê da Unidade Atuba revela o poder de transformação existente em Curitiba.

?Sou ex-menino de rua e já fui voluntário em outras cidades onde vivi. Os voluntários aqui, junto com o apoio da Secretaria da Saúde, estão dando mais qualidade de vida aos mais carentes?, garantiu.

O pediatra Antônio Carlos Bagatim explicou que entre os fatores observados na identificação das gestantes de risco estão o fato de ser uma gestante adolescente, hipertensa, com baixo nível sócio-econômico e de escolaridade, diabética, desnutrida e as que têm doenças prévias.

Além do trabalho dos Comitês, a Secretaria da Saúde investiu na ampliação do número de leitos para o atendimentos das crianças que têm baixo peso ao nascer. Até 2000, eram 43 leitos de UTI neonatal e 30 leitos de UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) neonatal. No ano 2001 e no primeiro semestre de 2002 foram implantados 15 novos leitos de UTI neonatal e 43 de UCI neonatal.

Além da implantação dos Comitês em Defesa da Vida, o ?Pacto pela Vida? garantiu a reabertura da Maternidade Victor Fereira do Amaral, numa parceria entre a as secretarias municipal e estadual da Saúde e Universidade Federal do Paraná.

O Pacto pela Vida também faz a vigilância da alta das crianças até um 1 ano de idade que ficam internadas e, através do programa Crescendo com Saúde, capacitou os profissionais das Unidades de Saúde e ampliou a oferta de medicamentos para as infecções respiratórias como pneumonia, asma, rinite, entre outras doenças.

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