Reduzidas doses de café ajudam a estimular o rendimento físico e trazem efeitos benéficos para a saúde das pessoas, segundo um informe científico apresentado em Londres pelo professor escocês Ron Maughan, do Centro de Nutrição e Exercício da Universidade de Loughborough, Inglaterra. O trabalho foi apresentado durante conferência da Organização Internacional do Café (ICO).
“O café, em pequenas doses, melhora o rendimento físico das pessoas e traz importantes benefícios para a saúde”, sustentou Maughan.
“O consumo moderado de café, que beneficia a redução da fadiga e estimula o exercício físico, pode ser somado às iniciativas que buscam promover a atividade física e melhorar a qualidade de vida das pessoas”, declarou Maughan, que é, além disso, assessor em nutrição do Comitê Olímpico Britânico.
Ele explicou que os mais recentes estudos científicos publicados sobre o tema demonstram que o café e as bebidas com cafeína “não possuem efeitos diretos sobre os músculos, como inicialmente se acreditava, mas em processos do cérebro”. Ele acrescentou que “a cafeína ajuda a estimular o cérebro e por isso melhora o rendimento físico. Essa é uma das razões pelas quais as autoridades olímpicas deixaram de proibir o consumo de café e bebidas com cafeína entre atletas e competidores”.
O cientista explicou também que a antiga teoria de que as bebidas com cafeína funcionam como diurético e ajudam a liberação de líquidos “não se sustentam cientificamente”.
Roel Vaessen, secretário-geral da Federação Européia do Café, declarou, por sua vez, que os efeitos benéficos dessa bebida “rebatem todas as velhas idéias negativas sobre o consumo do café”. “Devemos explicar às pessoas sobre os efeitos benéficos do café, incluindo os referentes ao rendimento físico, a estimulação mental e o balanço nutritivo, que devem ser aproveitados. Na América Latina, o Brasil é o primeiro consumidor de café e sua população compreende mais que qualquer outra esses resultados positivos sobre o homem”, concluiu Vaessen.
