Nada substitui a avaliação do cardiologista e nenhum método, por si só, dispensa a realização de outros. Essa afirmação é do médico paulista Ibraim Masciarelli. Segundo ele, a especialidade conta com muitos exames simples e outros tantos sofisticados ? porém acessíveis, que permitem prevenir doenças, confirmar diagnósticos e acompanhar a evolução dos tratamentos cardiológicos. ?Todos são complementares com indicações apropriadas?, afirma o cardiologista. Além dos exames laboratoriais que analisam amostras de sangue, identificam colesterol elevado e diabetes, fatores de risco para algumas doenças do coração, existem outras importantes avaliações que ajudam na investigação de doenças cardíacas. Veja abaixo para que servem:
Eletrocardiograma – É o mais antigo, barato, fácil de fazer e funciona como um ?retrato? do coração. Este exame tem limitações porque não revela todas as anormalidades e nem a predisposição para doenças. Em geral, é complementado com o Ecocardiograma, que avalia a anatomia e o funcionamento do coração, e com o Teste de Esforço.
Teste de Esforço – É indicado, principalmente, quando há suspeita de problemas nas artérias coronárias e mostra o comportamento do coração quando muito exigido. Pessoas que pretendem praticar ou praticam atividade física devem se submeter ao teste porque existem doenças congênitas que, em situações normais, ou em repouso, não apresentam riscos, mas, durante uma corrida, por exemplo, podem até se tornar fatais.
Medicina Nuclear – Em geral se recorre a esses exames quando o Teste de Esforço está alterado. Esses exames são mais sensíveis e podem confirmar a falta de sangue em alguma parte do coração com imagens claras e alto índice de acerto.
Ultra-som – Se o paciente tem fatores de risco, como obesidade, hipertensão e histórico de doenças cardíacas na família, o ultra-som das artérias, como a aorta e as carótidas, pode detectar aterosclerose silenciosa.
Tomografia Computadorizada ? Outra opção à disposição dos cardiologistas para identificar alterações nas coronárias, confirmando problemas e indicando o risco de desenvolvimento de obstruções nos vasos. Quando associada à Medicina Nuclear apresenta excelentes resultados, permitindo ótima avaliação não invasiva das artérias coronárias.
Ressonância Magnética ? Exame eficaz, que mostra detalhadamente a aorta, identificando se há gordura depositada e de que tipo. Essas informações são essenciais para definir riscos e auxiliar na orientação do tratamento de pacientes com colesterol elevado. Também mostra em detalhes o funcionamento do coração e, em pacientes infartados, o tamanho da área prejudicada, sendo igualmente útil para planejar cirurgias.
Cateterismo ? É um exame invasivo. Nele, uma sonda é levada ao coração para avaliar a obstrução e, ao mesmo momento, quando indicado, por meio de uma técnica conhecida por angioplastia, desobstruir a artéria. É fundamental no planejamento de cirurgias cardíacas.
Tomografia das Artérias Coronárias – Apresenta boas condições de substituir o cateterismo para avaliação das coronárias, pois mostra calcificação, depósito de gordura e grau de obstrução.
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