Bulimia nervosa: um transtorno alimentar que acomete muito as mulheres

Bulimia e anorexia  são prováveis temas a serem explorados na próxima novela das 21:00 horas da TV Globo, que por enquanto chama-se Belíssima. Faz parte dos planos do autor Sílvio de Abreu abordar os assuntos na novela que substituirá América porque a trama envolve uma agência de modelos.

Como na ficção, o objetivo maior não é informar ou formar, e sim divertir o público, cabe à comunidade médica esclarecer a população a respeito destes temas.

De acordo com a endocrinologista e nutróloga, Ellen Simone Paiva ? a bulimia nervosa caracteriza-se por grande e rápida ingestão alimentar com sensação de ?perda do controle? durante os acessos bulímicos.

Estes ocorrem duas ou três vezes por semana e são geralmente acompanhados por atitudes compensatórias para o controle de peso, como o uso de medicamentos – diuréticos, laxantes e inibidores de apetite ? excesso de exercícios físicos, realização de dietas drásticas, longos períodos de jejum e vômitos induzidos? alerta a médica. Entretanto, nem todos os pacientes com bulimia nervosa induzem vômitos, e aqueles que o fazem, dificilmente, assumem o fato.

Características 

?Os transtornos alimentares reforçam a necessidade da mulher manter o seu equilíbrio emocional, que, constantemente, encontra-se em risco frente ao medo, transformado em pavor, de engordar? afirma a endocrinologista e nutróloga, Ellen Simone Paiva.

A bulimia acomete, predominantemente, o sexo feminino, especificamente, casos em que a preocupação excessiva com o peso e a forma corporal são a regra. O aparecimento da doença dá-se no  final da adolescência, início da idade adulta.

Tratamento

O tratamento da bulimia nervosa, assim como o de todos os transtornos alimentares, envolve a equipe multidisciplinar de atendimento, composta por médico, nutricionista e psicólogo ou psicanalista.

A terapia cognitivo-comportamental, a psicoterapia e a psicanálise podem ser utilizadas juntamente com a orientação nutricional. Alguns  medicamentos, principalmente, alguns antidepressivos e sacietógenos podem ser aliados importantes do tratamento. Fundamental, também, é o papel da família como suporte no tratamento desses pacientes, fornecendo apoio e compreensão, evitando atitudes de julgamento e crítica.

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