Bulimia exige permanente estado de alerta

Cada vez mais foco da atenção dos profissionais da área da saúde tem se direcionado para os Transtornos Alimentares,isso se justifica pelo aumento significativo dessas doenças, e o alto grau de morbidade e mortalidade.

Muito se fala da anorexia, e os riscos aparentes que se apresenta, porém pouco se fala da bulimia, que vem aumentando de forma silenciosa, o que dificulta aos familiares perceberem a doença em curso.

Isso ocorre pois a auto indução dos vômitos, o uso de laxantes e diuréticos, são comportamentos realizados quando o sujeito está sozinho, e a perda de peso não é significativa,o que acaba por contribuir para a evolução silenciosa da doença.

Percebemos com freqüência que o sujeito acredita que pode eliminar com a utilização desses métodos toda comida ingerida, e utiliza a purgação como forma de compensação, como se com esse comportamento fosse realmente eliminar não só a grande quantidade de calorias que ingeriu, mas também diminuir sua culpa.

Esse ciclo se torna uma rotina, e quando o sujeito se propõe a romper com esses comportamentos, acabam por se frustrarem , sentem-se humilhados e acabam por reiniciar ciclo bulímico.

A Bulimia se caracteriza tanto pela ingestão exagerada de alimentos, como períodos de restrição( jejum prolongado), este último sendo disparador e mantenedor de episódios de voracidade, que geralmente são alimentos ricos em gorduras e carboidratos, nas quais nem sempre se utilizam de talheres , colocando a comida para dentro sem prestarem atenção no que comem, ao gosto ou textura do alimento.

Outro aspecto importante é a voracidade que apresenta nas suas relações interpessoais, pois demanda com a mesma intensidade, o afeto e a atenção , em outros momentos o distanciamento,que mostra a mesma dinâmica do comer e vomitar (quer e não quer).

Importante esclarecer que esta doença também leva a óbito, mesmo que a porcentagem seja baixa, várias situações estão envolvidas nesse processo, como o suicídio, pneumonia combinada com problemas cardíacos, reação hipertensiva decorrente da ingestão medicamentosa, e o peso corpóreo.

Psicóloga Luciana Kotaka

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