Bula deve ser obrigatória em medicamento para emagrecer

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia defendeu hoje, no Rio, a obrigatoriedade de bula nas fórmulas de inibidores de apetite. E também chamou a atenção para a responsabilidade de médico e paciente com o tratamento. Segundo dados divulgados no início do mês pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é o campeão do consumo de remédios para emagrecer.

“Todo medicamento tem que vir com a bula junto, pois o paciente tem o direito de saber quais os efeitos colaterais do produto, o princípio ativo, as contra-indicações”, disse a presidente da entidade, Marisa Coral. O uso de inibidores de apetite de maneira continuada pode causar agressividade, aumento da pressão sanguínea e irritação. “Esta é uma briga antiga e uma grande preocupação nossa, assim como a retirada do uso de hormônios de tireóide no tratamento da obesidade”, disse Marisa.

A exigência de bula está sendo discutida na consulta pública 31 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que trata da manipulação de medicamentos para uso humano. Iniciada em abril, já recebeu mais de duas mil sugestões, foi prorrogada e, no momento, está sendo avaliada pela área técnica da agência.

Responsabilidade – Ao falar sobre a responsabilidades do médico e do paciente, Coral chamou atenção para os cuidados que devem ser tomados por quem vai procurar um profissional, como a busca de informações antes do início de um tratamento. “É importante saber que não existem fórmulas mágicas para perder peso. O paciente também tem responsabilidade se decide seguir por esse caminho. Não dá, por exemplo, para perder dez quilos em dez dias”, afirmou.

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