Bronzeamento artificial

Nos dias de inverno em que o sol surge fraquinho, muitas mulheres preferem recorrer às câmaras de bronzeamento artificial e arriscar a própria pele em favor da vaidade. Tudo para chegar à temporada de praia com um bronzeado já acentuado. No entanto, a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Seção Paraná – não recomenda o uso, visto que os raios emitidos por essas máquinas podem trazer prejuízos não só ao bolso, mas à saúde, causando desde o envelhecimento precoce até o câncer de pele. ?O bronzeamento excessivo é uma reação de defesa do organismo contra a agressão provocada pela radiação?, explica a dermatologista Lílian Nishino, salientando que nada há de saudável nisso.

Estima-se que mais de 40 mil casos novos de câncer de pele, tumor mais freqüente na população, incidam anualmente no País. O problema é que a doença se alimenta de dois hábitos enraizados na cultura brasileira: a exposição demasiada aos raios do sol e a associação do bronzeado ?perfeito? a valores, como beleza, saúde e sensualidade, contrariando a grande maioria dos dermatologistas, que sempre recomenda cautela durante a exposição aos raios ultravioletas.

Câncer de pele

O bronzeamento artificial atua como uma ?exposição solar concentrada? e constitui enorme agressão cutânea, por isso não deve, de modo algum, ser recomendado com finalidade estética. ?Na realidade, recomendamos o ultravioleta apenas para fins terapêuticos, como o tratamento da psoríase e vitiligo?, declara a dermatologista. Evidências clínicas, epidemiológicas e estudos experimentais, de acordo com o Departamento de Oncologia Cutânea da Sociedade Brasileira de Dermatologia, têm demonstrado a participação das radiações ultravioleta A e B no desencadeamento de reações inflamatórias imediatas e crônico-degenerativas tardias na pele. ?Esses efeitos, em longo prazo, estão relacionados aos processos de envelhecimento cutâneo, às doenças desencadeadas ou agravadas pelo sol e ao câncer da pele?, atesta Lílian Nishino.

Todos reconhecem que a luz solar é importante para a vida. É germicida e participa da síntese de vitamina D, imprescindível para o organismo. O consenso é que o bronzeamento não é saudável, seja ele adquirido na praia, no campo ou artificialmente. Para aquelas ou aqueles que colocam a vaidade em primeiro plano, em detrimento da saúde, orienta-se que a escolha do local deva, de preferência, ter cabinas com boa manutenção técnica, especialmente para supervisionar a potência das luzes, assim como o tempo de exposição.

Normas da Anvisa

* Possuir registro na Vigilância Sanitária do Estado em que estiver localizada.

* Preparar adequadamente seus funcionários para manusear o equipamento e dar informações precisas aos clientes.

* Afixar em local visível informações sobre os riscos de câncer de pele, catarata e envelhecimento precoce.

A Anvisa também estabelece que fica proibido:

* O uso da máquina por menores de 16 anos;

* O atendimento a jovens entre 16 e 18 anos sem a autorização dos responsáveis;

* A aplicação em clientes que não passarem por avaliação médica;

* A propaganda impressa da clínica sem as indicações sobre os riscos que o bronzeamento artificial pode oferecer à saúde.

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