A prestigiosa revista científica “Lancet” pediu ao governo da Grã-Bretanha a proibição e penalização do consumo de tabaco no país, devido ao alto risco de câncer que gera, em particular em fumantes passivos.
A revista indicou que 80% dos britânicos não são fumantes e confirmou que cerca de mil pessoas morrem anualmente por inalar a fumaça dos cigarros de outras pessoas.
“Essas pessoas expostas à fumaça do cigarro têm a liberdade e o direito de viver em um mundo que exclua fatores cancerígenos como o tabaco”, indicou o editorial da publicação científica.
A notícia foi dada depois que o Royal College of Physicians informou que se fosse proibido fumar em locais de trabalho na Grã-Bretanha, cerca de 300 mil pessoas deixariam de fumar tabaco, salvando a vida de cerca de 150 mil pessoas.
“A disponibilidade e a aceitação do hábito de fumar é o problema mais importante que devemos solucionar. Se o tabaco fosse considerado uma substância ilegal, a possessão de cigarros seria um crime e conseguiríamos reduzir o número de fumantes de forma substancial”, sublinhou a revista “Lancet”.
A matéria concluiu: “Por essa razão, pedimos ao governo de Tony Blair que proíba o consumo de tabaco no país”.
A proibição de fumar em lugares públicos já foi imposta em alguns estados dos Estados Unidos, Canadá, Tailândia e Austrália. Nos próximos meses, Irlanda, Noruega e Holanda devem introduzir medidas especiais para impedir o consumo de tabaco em locais de trabalho e espaços públicos.