Britânicas terão acesso a pílulas abortivas

As britânicas poderão comprar pílulas abortivas graças a um programa piloto lançado pelo governo do Reino Unido, segundo o Ministério da Saúde britânico. Alguns centros de planejamento familiar oferecerão às mulheres essas pílulas que, no passado, podiam adquirir-se apenas em centros hospitalares e com prescrição médica.

As autoridades do ministério frisam que a medida visa reduzir a ?tensão da espera?, de até oito semanas, das mulheres que querem abortar e que recorrem aos hospitais locais. Com isso, também se reduzirá o risco de possíveis danos psicológicos provocados pela demora.

Grupos britânicos antiabortivos frisam que a medida é irresponsável e que contraria os direitos humanos, pois permite que mulheres inseguras sobre a decisão de abortar sejam medicadas “em um prazo excessivamente curto”.

“Esperar algumas semanas para decidir ou não pelo aborto não é uma espera tensa, especialmente quando a decisão é tomada sob pressão. As mulheres precisam de um tempo para ter certeza do que querem”, afirma Paul Tully, porta-voz da Sociedade para a Proteção das Crianças Não Nascidas (Spuc). “Com as novas pílulas, não haverá tempo para considerações. Não raro, a última coisa que uma mulher quer fazer é se livrar de seu bebê. Com menos tempo para refletir, muitas podem se arrepender”.

O tratamento com as pílulas abortivas ocorre em duas fases: primeiro se prescreve a droga mifepristone, que bloqueia os ciclos hormonais da mulher que fertilizam os óvulos; 48 horas depois, as pacientes recebem uma segunda droga, que gera contrações e hemorragias, causando a morte do feto. (ANSA).

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