As crianças brasileiras podem ficar longe da desnutrição infantil em 10 anos, para isto, as atuais políticas econômicas e sociais precisam ser mantidas.

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A conclusão é dos pesquisadores do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Eles afirmam em artigo que, mantida a taxa anual de declínio (6,3%), em 10 anos, a desnutrição infantil poderá deixar de ser um problema de saúde publica no País.

Esta constatação é resultado de estudo cujo objetivo foi definir a evolução da prevalência da desnutrição em crianças menores de cinco anos de idade.

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De acordo com os pesquisadores, os dados analisados foram obtidos de inquéritos realizados com perto de quatro mil crianças. O estudo mostra que a prevalência da desnutrição foi reduzida em cerca de 50%: de 13,5% em 1996 para 6,8% em 2007.

“Dois terços dessa redução poderiam ser atribuídos à evolução favorável dos quatro fatores estudados: aumento da escolaridade materna, crescimento do poder aquisitivo das famílias, expansão da assistência à saúde e melhoria nas condições de saneamento”, dizem os autores.

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Eles salientam que a progressão desta melhoria na qualidade de vida tem que estar atrelada às políticas públicas ora em vigor. “A conquista desse resultado dependerá da manutenção das políticas econômicas e sociais que têm favorecido o aumento do poder aquisitivo dos mais pobres e de investimentos públicos que permitam completar a universalização do acesso da população brasileira aos serviços essenciais de educação, saúde e saneamento”, dizem.