O Brasil aparece em segundo lugar no ranking dos países em que a população perde a virgindade mais cedo, com 17,4 anos, em média. O País fica atrás apenas da Áustria, onde a primeira relação sexual acontece com aproximadamente 17,3 anos. Por outro lado, apesar da precocidade, os jovens brasileiros usam cada vez mais preservativos e aparecem em sétimo lugar nesse quesito.
“A boa notícia é que o uso do preservativo está aumentando, mas não tanto como (instrumento de) planejamento familiar, mas por uma política eficiente de prevenção ao HIV/Aids”, disse o coordenador da pesquisa realizada com 26 mil entrevistados, em 26 países, o cientista em saúde pública da Johns Hopkins University, Miguel Fontes. Os resultados divulgados hoje fazem parte do estudo “A Face Global do Sexo – Primeira relação sexual: uma oportunidade para toda a vida” realizado pela Durex, fabricante européia de preservativos.
“Outro dado significativo que observamos, mas que não aparece no relatório, é que 80% dos brasileiros guardam boas recordações da primeira relação sexual, o que faz com que o País apareça em primeiro lugar nesse quesito”, lembrou Fontes. Na média mundial, 42% das mulheres e 32% dos homens reportaram sentimentos negativos sobre a primeira vez. As mulheres tendem a perder a virgindade mais cedo do que os homens. Na média mundial, a primeira relação sexual delas acontece aos 18,9 anos, enquanto a deles fica na média de 19,5.
Preservativos
Na faixa etária entre 16 e 19 anos, três quartos dos jovens usaram preservativos na primeira relação. “É mais fácil, não exige planejamento e também previne doenças sexualmente transmissíveis”, explicou Fontes. Em comparação, entre 25 e 34 anos, apenas 33,6% das pessoas usam camisinha. As mulheres previnem-se 25% a mais que os homens, mesmo percentual dos que possuem ensino superior em relação aos que não tem. Abaixo dos 16 anos, a tendência é se prevenir menos, acima dos 24 também.
