O ato de bocejar está associado à habilidade das pessoas de demonstrarem empatia entre elas e por isso seria contagioso, diz uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Birkbeck, em Londres.

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A pesquisa foi realizada com 24 crianças portadoras de transtornos autistas e outras 25 que não apresentavam o quadro clínico.

Os pesquisadores observaram que crianças com autismo bocejaram menos do que as outras ao assistirem vídeos em que adultos aparecem bocejando. Segundo os especialistas, isso aconteceria porque o bocejo “contagioso” e a empatia entre as pessoas têm mecanismos neurológicos semelhantes, e o autismo é uma desordem que afeta seriamente a interação social e o desenvolvimento da habilidade de comunicação dos indivíduos.

Quando bocejamos, despertamos no outro estímulos que vão direta e inconscientemente a área do cérebro responsável pela empatia e afinidade, o que explica tais resultados.

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Se o bocejo é relacionado à capacidade de transmitir empatia, então é possível que os indivíduos com autismo, cuja demonstração de empatia é prejudicada pelo problema, demonstrem os sintomas da doença ao não se contagiarem pelo bocejar dos outros.

Alguns especialistas sustentaram a ideia de que o bocejo contagioso funciona como um simples reflexo, porém, para os pesquisadores, os resultados da pesquisa confirma as previsões da teoria da empatia ao revelar que indivíduos com desenvolvimento atípico do relacionamento com os outros não se contagiam pelo bocejo das outras pessoas.

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