Segundo estudos mundiais, 60% dos homens entre 40 e 59 anos e 90% dos homens acima de 70 anos sofrem de HPB. A doença é uma das causas mais comuns da obstrução do fluxo urinário, que se não for tratada pode levar a complicações graves como distensão da parede da bexiga, retenção urinária aguda, infecções e, nos casos mais extremos, disfunção renal.
Um estudo internacional patrocinado pelo Laboratório Sanofi Sinthelabo também mostrou recentemente que há relação entre os chamados sintomas do trato urinária inferior (LUTS, em inglês), comuns na HPB, e nas disfunções sexuais. Foram entrevistados 14 mil homens de 50 a 80 anos pertencentes a sete países, entre eles o Brasil. Dos 83% que se declararam sexualmente ativos, metade afirmou que apresenta disfunção erétil decorrente do LUTS, 47% têm ejaculação reduzida e 7% se queixam de dores ao ejacular.
Nos casos mais graves de HPB, a cirurgia é o tratamento indicado para diminuir o tamanho da próstata e desobstruir o canal da uretra, mas o procedimento pode causar impotência ou incontinência urinária. Em muitos casos, a cirurgia é desnecessária e os médicos optam por tratar apenas os sintomas com medicamentos. Os mais comuns são os comprimidos à base de finasterida e de agentes alfa-bloqueadores, que atuam relaxando a musculatura lisa da próstata e facilitando a micção.
Os especialistas recomendam que homens com mais de 50 anos submetam-se anualmente ao exame físico da próstata, que inclui o toque retal e a dosagem do antígeno prostático específico (PSA). Os exames podem ser feitos gratuitamente nos hospitais credenciados à rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
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