Segundo o cirurgião plástico Sergio Gradowski, 60% das consultas no site de sua clínica em Curitiba referem-se a adolescentes querendo tirar dúvidas ou obter mais informações sobre o problema. Em função disso, 10% de todas as cirurgias realizadas atualmente pelo cirurgião correspondem à redução da mama masculina. “Acredito que o crescimento se deve ao maior acesso à informação pelos adolescentes com a internet”, diz.
De acordo com Gradowski, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o problema começa a aparecer a partir dos 10 anos. “Nessa idade as questões emocionais e psicológicas são muito fortes porque é comum que o adolescente passe a ser alvo de gozações na escola. Este também é um dos motivos do aumento pela procura de informações sobre a cirurgia”, explica.
Antes de optar pela cirurgia, indica-se acompanhamento de seis meses a um ano após o aparecimento da ginecomastia. “Após os exames de mamografia e ultrassom, que podem detectar o grau de desenvolvimento da mama e se o problema poderá regredir naturalmente, é que indica-se a cirurgia”, alerta
Nos casos em que a própria natureza não ajuda a corrigir o problema, a única saída para o paciente é a cirurgia plástica. “Não há tratamento clínico para a ginecomastica, mas além de simples, a intervenção hoje está mais acessível”, afirma Gradowski. O custo médio é de R$ 3,5 mil e a maioria das clínicas oferece formas facilitadas de pagamento. Com a alta incidência de casos de ginecomastia em adolescentes e pela questão psicológica que envolve o problema, muitos convênios já cobrem os custos da cirurgia, dependendo do caso e após perícia médica.
Causas e cuidados na recuperação
O crescimento das glândulas mamárias em meninos são causados, na maioria das vezes, por desequilíbrio entre o nível de hormônio masculino (andrógeno) e feminino (estrógeno). Em casos mais raros, por questões genéticas familiares e deficiência de formação.
A recuperação no pós-operatório é tranqüila e rápida, de acordo com o cirurgião. “Além dos cuidados básicos com a cicatrização, que é mínima e quase imperceptível, indica-se o uso de uma cinta peitoral durante o primeiro mês após a cirurgia”. Segundo ele, a exposição da cicatriz ao sol também não é indicada antes de dois meses após a intervenção. “No restante, o paciente leva uma vida normal e passa a melhorar seu convívio social, com aumento da auto-estima e maior equilíbrio emocional”, finaliza.
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