O Dia Mundial da Atividade Física, comemorado segunda-feira (6) valeu para ressaltar o papel da atividade física na vida das pessoas.

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Basta comparar uma pessoa de 60 anos de idade, por exemplo, ativa fisicamente, com uma pessoa sedentária de mesma idade.

As diferenças são consideráveis, principalmente, na qualidade de vida. Com certeza, a pessoa ativa terá maior mobilidade, autonomia, força muscular, flexibilidade e capacidade aeróbica, condições extremamente importantes na vida diária.

Conforme estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o sedentarismo é a causa, muitas vezes principal, de mortes por diabetes, hipertensão, obesidade e síndrome metabólica, entre outras graves doenças.

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 Estima-se, por exemplo, que a falta de atividade física, associada a uma dieta não-balanceada, seja responsável por 54% do risco de morte por infarto, 50% por derrame cerebral e 37% por câncer. Com todos esses números negativos, não é de se admirar que a OMS passou a considerar a inatividade como um alto fator de risco à saúde.

O sedentarismo, de acordo com instituições internacionais da saúde, é identificado pela queima semanal inferior a 2.000 de calorias. Esse índice já revela um estágio de sedentarismo, e, conseqüentemente, de grande risco para a saúde.

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A fisioterapeuta Rita de Cássia Munhoz lembra que o homem é um ser ativo, que sempre precisou andar enormes distâncias para conseguir água e comida. Essa regra se desfez com a industrialização. “Hoje, as pessoas consomem a mesma quantidade de alimentos e gastam pouca – ou nenhuma – energia”, resume.

Todo o organismo

Muitas pessoas não sabem a diferença entre atividade e exercício físico. De acordo com a fisioterapeuta, a atividade física é todo movimento corporal voluntário caracterizado pelas atividades comuns do dia-a-dia: escovar os dentes, caminhar até a banca de jornal, lavar o carro, subir uma escada.

Já o exercício físico é uma sequência sistematizada de movimentos executados de forma planejada, segundo um determinado objetivo: alongamento, musculação, natação e tênis, entre outros. “Todos trazem importantes ganhos para o organismo, notadamente, aos sistemas nervoso, endócrino, cardíaco e pulmonar”, reconhece.

Os especialistas sempre alertam que a atividade física precisa ser programada de acordo com uma avaliação médica e física bem detalhada, além disso, o praticante deve ser orientado por um profissional especializado para tanto. Rita lembra também que, em muitos casos, é necessária uma readaptação antes de se fazer exercícios ou freqüentar uma academia.

“Um fumante de longa data, por exemplo, antes de começar a fazer exercícios precisa reaprender a respirar”, avisa. Depois de mais preparado fisicamente, ele poderá ter mais equilíbrio, exigindo menos do pulmão e do coração, e por consequência da sua oxigenação, complementa.

Receita de bolo

De acordo com especialistas, para diminuir o risco de algumas doenças e manter-se saudável, não é necessário entrar em um programa de atividade física intensivo, formal e desgastante.

“Mas é muito importante que a pessoa mantenha continuidade na atividade que escolher”, comenta Rita Munhoz. Os programas de exercícios devem ser planejados de acordo com o nível físico de cada pessoa. Não podem ser simplesmente seguidos como uma “receita de bolo”. A fisioterapeuta recomenda que todos iniciem a atividade em um nível apropriado à sua capacidade, necessidade e interesse.

A prática constante de exercícios, além de melhorar todo o desempenho físico e garantir bem estar e saúde, faz com que o organismo libere substâncias que trazem uma sensação de prazer.

É comum dizer que as pessoas ficam dependentes do exercício físico. De certa forma, é isso mesmo, diz Rita Munhoz. “Até agora, essa dependência, quando não exagerada, só tem trazido benefícios às pessoas”, c,ompleta.

Benefícios comprovados

* Vida mais intensa, apresenta mais vigor, resiste mais às doenças
* Autoconfiança e qualidade de vida
* Manutenção do peso dentro de índices normais
* Suporta por mais tempo o exercício
* Menos limitações cardiovasculares
* Maior volume de oxigênio pulmonar
* Melhor postura