A ANVISA acaba de aprovar o uso de alfapeginterferona 2b (PegIntron) ? que tem dose baseada no peso ?, associado à ribavirina,  para o tratamento de pacientes com hepatite C crônica (HCV), também infectados pelo vírus HIV. A aprovação baseou-se em estudos recentemente publicados, que demonstram uma resposta ao tratamento pelo menos duas vezes mais satisfatória do que com o tratamento convencional.

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Esses estudos, já publicados em revistas médicas, foram tema de aula apresentada pelo médico espanhol do Dr. Vicente Soriano, do Hospital Carlos III, de Madri, no Congresso Brasileiro de Infectologia, em Belo Horizonte, em dezembro passado. A aula baseou-se no mais recente dos estudos, de autoria da equipe da Profa. M. Laguno, mostrando que 44% dos pacientes co-infectados tratados com alfapeginterferona 2 b – PegIntron (dose-peso), mais ribavirina, alcançaram resposta virológica sustentada. Essa é uma das mais altas taxas já alcançadas nesta população. O mesmo tratamento feito com interferon convencional apresenta apenas 21% de resposta virológica sustentada (a negativação do vírus da hepatite C após o término do tratamento).

Dados epidemiológicos mostram que aproximadamente 30% dos pacientes HIV positivos também podem estar infectados pelo vírus da hepatite C. Calcula-se que existam 10 milhões de pessoas em todo o mundo com as duas doenças, fato que leva esses pacientes a evoluírem muito rapidamente para a fibrose e para a descompensação hepática. Por isso, esta aprovação da ANVISA é fundamental para esse grupo de pacientes co-infectados.

Hepatite C

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A Hepatite C Crônica é uma doença grave que quando não tratada pode evoluir para a cirrose hepática e hepatocarcinoma (câncer de fígado). Atualmente a hepatite C é a primeira causa dos transplantes realizados no Brasil. Estima-se que existam no mundo cerca de 170 milhões de pessoas infectadas pelo vírus da Hepatite C. No Brasil as projeções indicam que existam 3 milhões de pessoas  infectadas.

PegIntron

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PegIntron (alfapeginterferona 2-b) é um medicamento da Schering-Plough, com três apresentações (80, 100 e 120 microgramas), cuja prescrição é individualizada, de acordo com o peso corporal, atendendo com isso as necessidades de todos os pacientes. Além de ser comprovadamente mais eficaz que os interferons em doses fixas, essa estratégia posológica – ao se considerar a dose baseada no peso do paciente – reduz significativamente os custos com o tratamento, já que 95% dos portadores brasileiros pesam menos do que 75 kg e podem ser beneficiados com as apresentações de menor custo desta nova classe de medicamentos. Atualmente, este é o único medicamento que pode ser prescrito de acordo com o peso e que pode ser obtido gratuitamente nas Secretarias Estaduais de Saúde por pacientes que se encaixam nos critérios de tratamento aprovados pelo Ministério da Saúde.