No congresso que Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Paraná (Sogipa) está promovendo para comemorar os cinqüenta anos da entidade, foi apresentado um anticoncepcional que a mulher coloca sob a pele do braço. Ele tem a forma de bastão e dura três anos. Apesar de pouco conhecido pelas brasileiras, o método já é usado no País há um ano e desde 1993 na Europa e EUA.

O presidente da Sogipa, Dênis José Nascimento, afirma que o método não faz mal para a saúde da mulher, mesmo contendo uma carga do hormônio progesterona para durar os 36 meses. O gerente da empresa que atua na distribuição do anticoncepcional, Alexandre Still, afirma que no Paraná cerca de cem ginecologistas já trabalham com ele e no país mais de 5 mil.

Para colocar o bastão os procedimentos são realizados no consultório médico mesmo. Ele não aparece e nem incomoda. “A mulher pode ter a certeza de que ele está no lugar certo, ao contrário do DIU”, explica Still. O custo para implantar o anticoncepconal é um pouco caro, cerca de R$ 400,00. No entanto daria para pagar por mês uma cartela de pílulas no valor de R$ 11,00, durante os três anos.

Reposição hormonal

Outro assunto discutido foi o tratamento de reposição hormonal em mulheres que estão na menopausa. O assunto foi polêmica nos últimos meses, já que o medicamento pode provocar câncer em algumas mulheres. Nascimento explica que não há motivos para preocupação, mas adverte que a mulher precisa ser acompanhada por um médico, para que ele possa detectar possíveis problemas e encontrar um tratamento alternativo.

Os avanços para combater a incontinência urinária que atinge entre 10 e 15% da população entraram na pauta. O médico destaca que há 10 anos as cirurgias eram mais agressivas ao corpo humano. Além disto depois de cinco anos anos, ela costumava voltar. Hoje as cirurgias têm conseguido melhores resultados.

O congresso começou ontem e vai até amanhã. Outros temas como doenças hipertensivas e infertilidade serão abordados. Estão participando cerca de 250 profissionais do Paraná. Nascimento fala que o congresso prevê a reciclagem destes profissionais, seguindo as diretrizes elaboradas pela Sociedade Médica Brasileira, Conselho Regional de Medicina e Sociedade de Especialidades.

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