Na Itália aumentam as resistências aos antibióticos para as doenças respiratórias, mas a situação é ainda pior em locais como a França, Espanha, América e Sudeste Asiático, afirmou o presidente da Sociedade Italiana de Microbiologia, Giuseppe Nicoletti.
Nicoletti fez essa afirmação durante o 31o congresso da sociedade, que ocorreu há poucos dias em Roma, em que foram divulgados os resultados de um estudo sobre a prevalência de resistência aos antibióticos de bactérias que causam infecções nas vias respiratórias inferiores.
No estudo, elaborado com a participação de 30 centros italianos de microbiologia, foram estudadas 843 cepas de Stafilococcus pneumoniae, a bactéria que causa a pneumonia, 1.106 de Streptococcus pyogenes, 326 de Haemophilus influenzae, 209 de M. Catarrhalis, e 468 de Stafilococcus auerus, isolados no ano 2002 em 49 laboratórios de microbiologia.
Os pesquisadores testaram nessas bactérias 20 antibióticos para medir o grau de sensibilidade dos microorganismos, concluindo que os antibióticos tradicionais funcionam cada vez menos. Uma nova classe de medicamentos (denominada “chetolides”) vem sendo utilizada há um ano, em especial o antibiótico telitromicina.